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A Escola à Noite

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A Escola à Noite-[C]

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Em uma pequena cidade rural do Japão, cercada por montanhas escuras e florestas silenciosas, havia uma escola antiga que todos conheciam como Hoshi no Gakkou (Escola das Estrelas). Durante o dia, era um lugar comum, com salas cheias de risadas, quadros-negros rabiscados e o som de os apressados pelos corredores. Mas, quando a noite caía, os rumores tomavam conta: a escola não pertencia mais aos vivos.

Dizia a lenda que, anos atrás, o terreno onde a escola foi construída era um cemitério abandonado. Para atender à crescente demanda por novas escolas, o governo local escolheu aquele lugar por ser barato, ignorando as histórias sussurradas pelos mais velhos. Desde então, as crianças contavam histórias sobre os “Sete Mistérios” da escola, fenômenos estranhos que só aconteciam à meia-noite do dia 15 de cada mês. Entre eles, havia relatos de uma vela flutuante vagando pelo pátio, os ecoando em corredores vazios, estátuas que pareciam seguir os visitantes com os olhos e portas que levavam a lugares impossíveis.

Quatro amigos — Shinichi, Mikio, Takashi e Hiro — decidiram testar a coragem e desvendar a verdade por trás dessas histórias. Eram adolescentes curiosos, movidos pela adrenalina e pela vontade de provar que as lendas não avam de contos para assustar crianças. Na noite do dia 15, sob um céu sem lua, eles pularam o portão da escola e se encontraram no pátio às exatas doze badaladas.

O ar estava frio, e o silêncio era quebrado apenas pelo farfalhar das árvores ao vento. Shinichi, o mais corajoso do grupo, liderava o caminho, segurando uma lanterna que tremia ligeiramente em sua mão. “Vamos começar pelas escadas principais”, sugeriu ele, lembrando-se de um dos mistérios: “Dizem que o número de degraus muda quando você desce.”

Cautelosamente, subiram a escadaria que levava ao segundo andar, contando cada degrau em voz alta: “Um, dois, três... treze.” Chegaram ao topo sem incidentes. “Agora, vamos descer e contar de novo”, disse Mikio, tentando esconder o nervosismo. Descendo, contaram novamente: “Um, dois, três... treze.” Nada havia mudado. Takashi riu, aliviado. “Que besteira! Isso é só uma história idiota.”

O próximo mistério era o laboratório de ciências. A lenda dizia que, se abrissem as torneiras à meia-noite, sangue jorraria em vez de água. No laboratório, o grupo hesitou. As janelas refletiam a escuridão lá fora, e o silêncio era quase palpável. Hiro, o mais quieto, girou uma torneira com as mãos trêmulas. Água cristalina escorreu. “Tá vendo? Nada de sangue”, zombou Shinichi, mas sua voz soava menos confiante.

Por fim, decidiram enfrentar o último e mais temido mistério: a última baia do banheiro térreo. A lenda dizia que quem entrasse ali à meia-noite nunca mais seria visto. O banheiro era velho, com azulejos rachados e um espelho embaçado que parecia distorcer as sombras. Os quatro pararam na porta, sentindo um frio que não explicavam. “Quem vai entrar?” perguntou Takashi, com um sorriso forçado.

Shinichi, determinado a provar sua coragem, deu um o à frente. “Eu vou. Não acredito nessas coisas.” Os outros tentaram dissuadi-lo, mas ele já estava abrindo a porta da última baia. Antes que pudesse entrar, um som baixo, como um gemido abafado, ecoou pelo banheiro. A lanterna de Shinichi piscou e apagou. No escuro, os amigos gritaram seu nome, mas não houve resposta. Quando conseguiram reacender a lanterna, a baia estava vazia. Shinichi havia sumido.

Apavorados, os três correram para fora da escola, sem olhar para trás. No dia seguinte, contaram tudo aos pais e ao diretor, que organizou uma busca. Mas Shinichi nunca foi encontrado. O diretor, tentando acalmar os ânimos, disse que a estátua do fundador, no pátio, sempre olhara para a direita, contrariando o relato dos meninos de que os olhos da estátua pareciam segui-los na noite anterior. Quando foram verificar, a estátua, de fato, olhava para a direita, como se nada tivesse acontecido.

A escola foi fechada por alguns meses, mas os rumores nunca cessaram. Dizem que, nas noites de lua nova, ainda é possível ouvir os nos corredores de Hoshi no Gakkou e ver uma vela flutuando pelo pátio. E, se você for corajoso o suficiente para visitar o banheiro térreo à meia-noite, pode ouvir um sussurro vindo da última baia: “Você quer brincar comigo?”

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