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Era uma vez, numa floresta encantada chamada Luminar, onde as árvores sussurram segredos e o orvalho brilhava como diamantes, uma jovem chamada Lívia, de cabelos cor de mel e olhos curiosos. Lívia era conhecida por sua bondade, mas também por sua teimosia, sempre explorando cantos proibidos da floresta, apesar dos avisos dos mais velhos.
Certa manhã, enquanto colhia flores silvestres, Lívia avistou uma trilha de luz prateada, algo que nunca vira antes. Intrigada, seguiu o brilho até uma clareira onde encontrou uma fonte antiga, coberta de musgo e gravada com runas brilhantes. No centro, flutuava uma fada minúscula, de asas translúcidas como vidro, chamada Aíla, a guardiã da Fonte dos Desejos.
Aíla, com voz suave como o vento, disse: “Humana, esta fonte concede um desejo a quem provar seu coração puro. Mas cuidado: desejos egoístas trazem consequências.” Lívia, pensando na vila onde morava, que sofria com uma seca prolongada, desejou: “Quero que os rios da vila voltem a correr, para que todos tenham água e esperança.”
A fada sorriu, mas avisou: “Seu desejo é nobre, mas a fonte exige um preço. Você deve encontrar a Flor da Aurora, escondida no topo do Pico Sombrio, e trazê-la antes do próximo amanhecer, ou a seca se tornará eterna.”
Determinada, Lívia partiu. O Pico Sombrio era temido, lar de criaturas traiçoeiras e caminhos enganadores. No caminho, enfrentou desafios: um lobo de olhos vermelhos tentou assustar, mas ela ofereceu um pedaço de pão, e o lobo, comovido, guiou-a por uma trilha segura. Mais adiante, uma ponte de cordas balançava sobre um abismo. Com coragem, Lívia atravessou, mesmo sentindo o vento gelado em seu rosto.
No topo do pico, sob a luz da lua, encontrou a Flor da Aurora, brilhando como uma estrela. Mas ao pegá-la, o chão tremeu, e uma sombra gigante surgiu — um troll de pedra, guardião da flor. “Por que roubas o que protejo?” rugiu ele. Lívia, sem hesitar, explicou seu desejo de salvar a vila. O troll, tocado por sua sinceridade, deixou-a levar a flor, mas alertou: “A fonte testará seu coração até o fim.”
Lívia correu de volta à clareira, com o amanhecer se aproximando. Ao entregar a flor a Aíla, a fonte brilhou intensamente, e uma voz ecoou: “Seu desejo é puro, mas e se pudesse desejar algo para si?” Lívia negou, firme: “A felicidade da vila é a minha.” A fonte, satisfeita, liberou um rio cristalino que correu até a vila, enchendo os poços e trazendo vida.
Aíla, irada, presenteou Lívia com um pingente em forma de gota, que brilhava quando ela estava em perigo. A vila celebrou Lívia como heroína, e os rios nunca mais secaram. E assim, Lívia aprendeu que a verdadeira magia está na coragem e na bondade, e a floresta Luminar guardou sua história para sempre.
Fim.
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