Tarô pode ser consultado com intervalo de no mínimo três meses, diz especialista.
Certamente você já ouviu falar sobre tarô (ou, no francês, tarot), mas talvez não entenda o que esse baralho tem de diferente do costumeiro jogo de cartas. Resposta rápida: muita coisa!
Em resumo, o tarô é uma espécie de oráculo, cuja interpretação traz respostas às mais variadas perguntas.
Para quem não entende lhufas, mas quer saber mais sobre o tema, respondemos algumas dúvidas básicas a seguir.
Tarô: principais dúvidas sobre a prática
1. Como o tarô pode ajudar uma pessoa?
Antigamente, o tarô era utilizado como uma ferramenta de adivinhação.
Entretanto, com o ar do tempo e a evolução consciencial das pessoas, entendeu-se que o tarô é muito eficaz para esclarecimento de situações, dando recomendações de ações e de autoconhecimento, e orientando o indivíduo a ter uma melhor caminhada na vida.
2. O que é oráculo?
É qualquer ferramenta que o ser humano utiliza para entender o momento presente e o que pode acontecer e, com isso, ter o a aprendizados.
Oráculo pode envolver as mais variadas ferramentas, como: tarô, búzios, água, velas, pedras etc.
3. Quantas cartas há no tarô? Existe uma divisão?
No tarô existem 78 cartas, divididas entre 22 arcanos maiores e 56 arcanos menores.
As cartas dos arcanos maiores trazem símbolos e são conhecidas por seus arquetípicos, como: O Mago, O Imperador, A Roda da Fortuna, A Morte e O Louco, que representam os principais aprendizados e questões humanas.
Já as cartas dos arcanos menores são distribuídas conforme os quatro naipes - ouros, espadas, copas e paus - e têm a ver com as principais áreas da vida humana.
4. Qual a diferença de arcanos maiores e arcanos menores?
Os arcanos maiores, divididos em 22 cartas, representam os arquétipos da personalidade humana e os principais desafios e aprendizados que um ser humano, porventura, vai encontrar na vida.
Já os arcanos menores estão ligados aos quatro elementos e ao que eles representam em nossas vidas, bem como o que aprendemos dentro da jornada, dentro de cada área da vida. Isso é simbolizado pelos números das cartas dos arcanjos menores - 2 de paus e 3 de espadas, por exemplo - e pela evolução desses números, ou seja, a continuidade da sequência numérica.
5. Há diferenças de um baralho (também chamado deck) para outro?
Existem algumas pequenas diferenças, mas geralmente são apenas de interpretações artísticas e formas gráficas de apresentação.
Em tese, todos os tarôs possuem 78 lâminas, divididas da mesma forma.
Ainda existem outros oráculos de cartas, como o baralho Lenormand, também conhecido como baralho cigano.
6. As cartas respondem a qualquer tipo de pergunta? E as perguntas precisam ser muito objetivas?
Existem técnicas de tarólogos profissionais que respondem a perguntas objetivas de 'sim' e 'não'.
Porém, o tarô é excelente para responder perguntas de ordem mais reflexiva.
Quando perguntamos algo sobre uma decisão a ser tomada, o tarô mostra o contexto sobre esta decisão e não necessariamente o que vai acontecer - apesar de, às vezes, apresentar as consequências.
Prioritariamente, vemos o que vamos aprender e, também, o que precisamos assimilar com tal escolha.
7. As respostas das cartas podem ser ruins?
Depende muito do tipo de profissional.
Há aqueles que utilizam o tarô para previsões e, com isso, podem vir a dizer resultados ruins encontrados nas cartas.
Mas quando o profissional utiliza uma abordagem mais terapêutica, as jogadas que, em tese, são ruins, na verdade servem como orientações, reflexões, alertas e direcionamentos para a pessoa.
8. Alguma carta é negativa? Se sim, quais e por que?
Sim.
Cartas como a Torre e a Lua, dentro dos arcanos maiores, podem ser ruins, pois representam partes sombrias e suas consequências dentro das questões humanas.
Nos arcanos menores, todas as cartas de número 5 costumam ser ruins, pois representam uma crise e perda naquela área avaliada.
As cartas de número 9 representam os os finais dentro de um ciclo - dependendo do naipe, pode ser positivo ou não.
Por exemplo, 9 de copas é uma carta muito positiva e 9 de ouros, também.
Já o 9 de paus e 9 de espadas não são tão positivas assim.
O 10, em alguns casos, também é negativo, como o 10 de paus, por representar a morte da imaginação e a necessidade de renová-la sempre.
9. A carta da morte é temida. É um pavor injusto?
O temor é injusto, porém, compreensível.
A carta da Morte possui um nome forte, uma imagem impactante e um significado desconfortável.
Explico: ela representa a necessidade de morte e renascimento, dentro do contexto que está sendo consultado.
Toda morte é renascimento e é desconfortável, pois envolve sair da zona de conforto, de um contexto que já é conhecido para um contexto novo que, muitas vezes, precisa ser aprendido.
A morte envolve se jogar no desconhecido e isso gera medo, angústia e desconforto, entre várias outras reações emocionais negativas. Porém, não necessariamente, isso é ruim.
10. É possível aprender a ler o tarô ou apenas pessoas com um dom podem fazer a leitura?
Todo mundo pode se dedicar ao estudo do tarô e utilizá-lo normalmente.
A diferença é que algumas pessoas têm um perfil mais adequado para este tipo de atuação, assim como em outras ocupações na vida.
11. É recomendado consultar as cartas com frequência? Por que?
Indica-se a consulta das cartas, primeiramente, a todas pessoas que sentem afinidade com esse tipo de ferramenta - ou seja, que gostam de tarô.
Para consultas com um tarólogo, recomenda-se intervalo de, no mínimo, 2 ou 3 meses.
O tarô é muito bom para situações específicas, como: troca de emprego, decisões afetivas, início de projetos, mudança de residência etc.
Thiago Anselmo, tarólogo e professor de tarô.

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