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rascunho #06

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𝙍𝖠͢𝗦Ⲥꓴ𝖭𝘏𝝤   𝖣͠𝖠   𝘏𝗘𝗟𝝤 ૮๑ˊᯅˋ๑ა

ꔋ𝖠́ 𝗟۟𝗘𝖭̼𝖣𝝤 𝝦̊𝝤𝙍 𝑸ࠬꓴ𝗘̂? 𝗘́ ̊𝗦꯭𝝤́ 𝙍ؙ𝖠𝗦Ⲥׂꓴ𝖭꯭𝘏𝝤

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[C]𝙍𝖠͢𝗦Ⲥꓴ𝖭𝘏𝝤   𝖣͠𝖠   𝘏𝗘𝗟𝝤 ૮๑ˊᯅˋ๑ა
[C]ꔋ𝖠́ 𝗟۟𝗘𝖭

︠#̼︔Ⲥ𝖠ꔋ𝗘𝗚𝝤𝙍𐌉𝖠: Trabalho escolar

︠#̼︔𝗩𝖠𐌉 𝗦𝗘𝙍 𝖣𝗘𝗦Ⲥ𝖠𝙍ꔋ𝖠𝖣𝝤? Sim

︠#̼︔𐌉𝖣𝗘𐌉𝖠: Não lembro o que queria, mas foi escrito no meu oitavo ano pra uma aula de artes. Tá sem correção e eu estava pensando no Jungkook (?) quando escrevi, então deve estar ruim. Eu era criança, não tem como esperar algo genial

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[C]𝙍𝖠͢𝗦Ⲥꓴ𝖭𝘏𝝤   𝖣͠𝖠   𝘏𝗘𝗟𝝤 ૮๑ˊᯅˋ๑ა
[C]ꔋ𝖠́ 𝗟۟𝗘𝖭

2021 - Presente.

       Eu sou cupido, aquele mesmo que está pensando, o primeiro, e o único, que está presente em todas as doces lendas de amor espalhadas por este planeta. Meu trabalho na Terra é unir os casais que deveriam ficar juntos. Eu não utilizo mais do clássico arco e flecha para realizar meu trabalho, afinal, com o avanço da sociedade conseguir novos métodos de realizar meu trabalho, de forma mais eficaz e ética, pois temos que concordar, dar uma flechada nos corações dos jovens prestes a cair nas garras do tão agridoce amor pode ser algo meio controverso. Bem, posso-lhe garantir que sou o melhor no que faço, sempre tendo resultados certeiros, pelo menos, era o que eu pensava. Sabe caro leitor, tudo nesse mundo tem uma razão, a séculos atrás fui criado por Afrodite, uma das grandes deusas do Olimpo, com o objetivo de unir as almas e facilitar um pouco sua rotina pesada junto de suas fiéis ajudantes, e durante todos esses milhares de anos cometi muitos erros, juntando pessoas em relações ruins, perigosas e prejudiciais, porém tudo isso sempre teve um motivo final, podendo ser direcionar a pessoa a sua verdadeira alma gêmea romântica, ou até mesmo ao amor próprio. Uma certeza era que tudo sempre teria uma razão e seria feito em cálculos minuciosos para que as jovens almas da poderosa Afrodite se direcionassem para direção que lhes foi dada quando os deuses lhe entregassem a vida. Todos sempre caiam nas mãos da paixão, mas algo aconteceu recentemente, e é por isso que está aqui, você terá a sorte de ver em primeira mão uma pessoa que não consegui “flechar”.

       Certo dia, no ínicio de mais um dia cheio de almas para juntar, me deparei com ela, a garota dos cabelos ruivos como as labaredas que eram emitidas pelas poções mais perigosas de minha moradia, uma garota que recusava de todas as maneiras o amor, seu destino estava anotado e já sabia com quem a deveria unir, porém todas as minhas tentativas eram falhas, os jogos de tarot, as poções, os feitiços, a internet, as pessoas a sua volta e até o método tradicional falharam com ela, é como se ela não tivesse sentimentos. Tive que muito pensar, e quase desistir de sua alma, até ter uma ideia, iria quebrar os planos de minha deusa, e tomar seu coração para mim, afinal, quem não se apaixonaria pelo cupido em pessoa? E meu plano deu certo, assim que nossos olhos se encontraram pude ver a cor de sua aura mudar, indo de um amarelo brilhante a um rosa chiclete, mas o que eu não imaginava é que eu, o cupido, estava também me apaixonando pela doce alma que deveria completar.

       A questão do problema nem é essa, o que atrapalha é minha deusa. Afrodite pode não ser a mais calma ou a mais gentil, mas quando se trata de seus “filhos” e amigos ela é incrível, compreensiva e agradável, porém deixou claro no dia de minha criação:

       — Ouça minha voz, Eros, minha mais recente criação. A partir desta bela noite, o poder do amor estará em suas mãos. — Senti o toque suave de sua pele macia na minha — lhe darei o direito de unir as almas em caminhos que as levarão a seu destino final, mas lembre-se, nunca, em hipótese alguma, caia nas doces garras da luxúria. O amor pode ser lindo, porém perigoso, e jamais poderei permitir que um de meus mais poderosos filhos se perca na nebulosa agridoce que rodeia este belo sentimento.

       Lembro de tudo daquele dia, de sua voz nasal que invadia o ambiente como a mais bela música, da sensação nova de vida e da euforia que me preenchia ao conhecer o meu futuro. Naquele momento, tive certeza de que amaria o que fui feito para fazer, por mais que às vezes doa ver o triste fim de pessoas tão puras, ou o meu próprio fim, solitário e gélido na infinidade de minha vida. Mas, não podia fazer nada perante isso, eu fui feito para fazer almas humanas se apaixonarem, e tinha certeza de que minha vida nunca seria unida à de um mortal, tinha convicção de que minha deusa mãe nunca permitiria isso, até cair na armadilha mental do amor. Bem, agora que já sabe meu presente, peço que se sente, pois o grande cupido irá lhe mostrar seu ado, está na hora de um flashback!

2021 - ado

       — Já basta, preciso colocar um fim nessa história. Sou cupido, filho de Afrodite e responsável pelas uniões de almas, sou um ser perfeito, sem nenhuma falha, não aceitarei esta situação. — Digo ao andar de um lado para o outro na grande sala. — Não é possível que exista um humano imune ao amor, todos se rendem em algum momento, só preciso descobrir como fazer essa garota desmoronar.

       Meus pés latejavam pela força que colocava ao andar, minha cabeça doía e a sensação de tontura invadia meu corpo, o cansaço começava a me consumir por completo e minha cabeça estava a mil. Um novo ano se iniciara há poucos dias, e o Olimpo estava uma loucura. Zeus havia descido à Terra alguns dias antes, para comemorar junto de Dionísio, já Hades e seus demônios estavam loucos tentando organizar seu reino, que por conta das mortes durante o ano novo, causadas por exageros nas bebidas, drogas, acidentes de trânsito e algumas brincadeiras de Poseidon e sua legião de tritões e sereias. E eu? Estou, como sempre, me preocupando com aquela cabeça de sangue. Desde a aparição de seu nome na lista, não tenho mais um dia de paz. Me questiono o que se a na cabeça de minha deusa mãe para colocar o seu melhor filho para lidar com algo deste tipo. Não sei o que fazer com essa garota, o que tem de atraente tem de irritante, pela primeira vez em séculos falhei por meses, meu trabalho está atrasado e simplesmente não posso fazer nada, enquanto não lidar com esse tomate ambulante, não poderei pegar outra alma.        — Pela fúria de mil flechas, como posso me livrar dessa garota? Nada funciona com esse ser infeliz que insiste em consternar minha vida. Meu tarot não funciona, a técnica dos amigos não funciona, os sinais não funcionam, o apelo para religião não funciona, a internet, os livros, nada, nem as tradicionais flechadas funcionam. — Dei uma leve risada nasal ao lembrar do trágico dia da flecha, só de pensar que poderia ter sido acertado por aquele coração vermelho em alta velocidade, minha espinha se arrepia. — Posso ser o cupido, mas amor não é para mim.

       — Falando sozinho, Eros?

       Um alto grito ecoou pela grande sala vitoriana, meu corpo se arrepiou por inteiro e meu primeiro instinto foi jogar todo o meu peso para trás em um rápido salto. Pude ouvir a doce e suave risada saindo dos belos lábios de Afrodite, que entrara sem que reparasse no cômodo. Ao ver quem estava em minha frente, me curvei o mais rápido possível, deixando um de meus joelhos em tons de roxo escuro, que estava sobreposto sob minha pele pálida e machucada pelas minhas distrações, no chão, curvando meu corpo logo em seguida para a deusa.

       — Minha mãe, peço que me desculpe pelo meu ato ocasionado por uma distração errônea, isso nunca mais irá se repetir. — Levantei-me de forma rápida, porém suave, para logo em seguida me dirigir gentilmente à direção da alta mulher à minha frente, estendendo minha mão a ela, com a palma em um tom quase cinza, coberto por linhas rochas e pequenas manchas vermelhas, virada para cima. Afrodite colocou sua mão por cima da minha, e logo fiz questão de tocar meus lábios de forma sutil na parte superior de sua quente pele, branca como a neve e com subtons vermelhos como o sangue mais puro já visto. Soltei sua mão, enquanto puxava ar para dirigir a palavra novamente a ela. — O que lhe traz até minha doce moradia, ô, minha deusa mãe?

       — Por favor, trate-me de forma menos cordial, Eros, lembre-se de que sou sua mãe, não há necessidade de um tratamento tão… especial. Bem, será que podemos nos sentar? Gostaria de conversar com você, serei breve, lhe garanto.

       Meu corpo foi invadido, ela queria conversar, e por mais que mantivesse um tom calmo em sua voz, uma conversa nunca é boa quando se trata de uma das deusas mais ocupadas do Olimpo. Engoli a seco, não poderia deixar transparecer meu nervosismo, amo minha mãe, porém temo ela com toda minha vida, desapontar Afrodite seria meu fim.

       — Claro, acompanhe-me, por favor. — Saí na sua frente, indo em direção à pequena e confortável mesa localizada no centro da sala, puxei uma das cadeiras, onde minha deusa se sentou, e logo corri para o meu assento. — Bem, antes de lhe dar a palavra, permita-me lhe oferecer uma xícara de chá, temos diversos sabores à disposição.

       — Desculpe, mas irei recusar, Eros. Bem, irei ar na sua frente, temos um assunto muito importante para tratar, e sinto que não teremos tempo para longas preliminares. Suponho que conheça Laura, a jovem dos cabelos ruivos. Recentemente, um de meus filhos lhe mandou a ficha dela e de seu futuro parceiro, porém, tivemos um pequeno erro durante o envio. É algo que nunca ocorreu antes, então não havia como prever, e por se tratar de algo nunca visto, demoramos muito para perceber.

       — Eu sabia! — Gritei alto, como um dia de sol depois de uma longa tempestade, talvez pudesse me ver livre daquela menina fútil em breve. Ao reparar que havia gritado na presença de minha deusa mãe, minhas bochechas, antes em um tom quase cinza, ficaram vermelhas, como doces maçãs. — Peço desculpa pela minha ação, ô bela Afrodite, isso não irá se repetir.

       — Tudo bem, meu filho. — Ela riu suavemente, mas logo após fechou o rosto, mantendo apenas um leve sorriso lateral nos lábios delicados. — Bem, Eros, a Laura teria uma história de amor longa, porém com uma única pessoa, sendo o homem com quem mandei ligá-la, que seria a sua alma gêmea romântica, porém é aí que está o problema, Laura não possui uma alma gêmea romântica. Não sei o que pode ter acontecido, mas arrisco a hipótese de sua alma gêmea ter caído nos braços de Macária. Você a conhece, Eros?

        — Não, minha deusa mãe. — Estou inquieto, não sei por quê, mas algo me incomoda nessa história toda.

      — Bem, Macária é filha de Hades e deusa da morte “boa”, ela leva à morte pessoas que dormiam ou que estavam num estado de paz e calmaria. Com um aroma doce, ela leva o mortal confortavelmente, e eu suponho que isso tenha acontecido com o parceiro de Laura, quando ainda era uma pura alma infantil, sendo mandado para o reino dos mortos, onde seria decidido o que iria ocorrer com sua alma, meu filho, porém não tenho certeza se essa teoria está correta. O ponto de tudo é que não conseguimos tirá-la da lista, então, Laura terá que se apaixonar por alguém, ou encontrar sua alma gêmea, e isso precisa acontecer o mais rápido possível, antes que o nosso doce mundo do amor entre em colapso. Não sei como resolver isso, Eros, mas confio em você, e sei que vai conseguir arrumar essa situação, do seu jeitinho, meu filho.

      Ela se levantou e, para benefício de meu desespero, minha deusa seguiu em direção à grande porta de minha sala, e eu estou aqui, com uma grande cara de paisagem padrão, a clássica usada para esconder o desespero das mais sensíveis almas. Seu corpo sumiu e eu estava sozinho, largado para lidar com algo que nem havia sido causado por mim. Ódio, eu sinto ódio, raiva, irritação, e todas as outras palavras que possam dizer que estou puto da forma mais crua e censurada possível, mas não sinto raiva de meu Deus, ou de suas filhas por terem tido um pequeno descuido, sinto raiva de mim mesmo por não perceber, porra, milhares de anos fazendo a mesma coisa e o grande saco de merda chamado Eros não consegue adivinhar algo básico, ou tomar vergonha na cara que chama de cara e ir falar com sua deusa e resolver isso igual gente, e pior, ainda tem a coragem de pensar em terceira pessoa, negócio ridículo.

      — E agora? O que eu faço? Mas eu sou um lascado mesmo, sem trabalhar, com um puta de um problema nas costas e sem uma mísera ideia de como resolver isso. — ei as mãos pelo meu rosto, por mais que a sensação não fosse das melhores por conta da minha pele fina e mãos quase esqueléticas, isso me ajuda, é relaxante. Mas com certeza é algo para se fazer poucas vezes, não é porque sou um filho legítimo da mais bela das deusas, que sou perfeito, bem, para ser sincero eu sou perfeito, lindo, esbelto, com uma coluna retinha e higiene sempre em dia, mas sou como um humano poxa, pele tipo T de extremamente oleosa e cheia de cravos, e algumas espinhas, o que torna a sensação um pouco desagradável, como se estivesse ando a mão em um porco pururucado e em toda sua banha nojenta, mas isso não muda o fato de ser incrível. — Okay, Eros, já entendi que é incrível e sei lá mais o que, mas agora pensa, o que vai fazer para resolver essa situação. Bem, deixar tudo fluir naturalmente e largar para fazer de última hora não é uma opção, até porque ela está envolvida nessa história toda, e nunca poderia arriscar decepcionar minha deusa. Saco, além de ser uma grande sacola de merda, não tenho ideias. Onde foi parar minha criatividade incrível, cara? Calma… Eu consegui, tem algo na ponta de minha língua, uma ideia, e vindo de mim deveria ser algo genial, preciso apenas fazer com que ela chegue mais perto.

      — Droga, droga, droga, estou quase lá, só preciso fazer um pouco de força e… É isso, sim, é exatamente o que preciso. — Gritei a plenos pulmões, eu consegui a ideia perfeita, algo que não tem como falhar, sou o melhor, o maior, o superior, sou Eros, o grande cupido, e acima de tudo, sou genialmente criativo. — Eu irei partir, em direção à Terra, essa barata de pedra vai se apaixonar por mim, afinal, quem não amaria o grandioso cupido. Minha missão vai começar, amanhã mesmo sairei desse reino de mitologias e farei um verdadeiro desastre sair da minha vida, está decidido.

estética e texto autorais

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