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⠀⠀⠀❅⠀⠀⠀꠩ :secret: !ջ፟ ⠀𝗞𝗮𝗲𝗹𝘆𝘀 𝗔𝘀𝗵𝗿𝘆𝘃𝗲𝗿 𝗕𝗼𝗿𝗲𝗮𝗹𝘆𝘀 é um jovem de 21 anos, integrante do 2º ano do Quadrante dos Cavaleiros, oriundo do 𝘀𝗲𝘁𝗼𝗿 𝗰𝗮𝘂𝗱𝗮. Com uma identidade de gênero 𝗻𝗮̃𝗼-𝗯𝗶𝗻𝗮́𝗿𝗶𝗮, não se identificado nem com o masculino e feminino. Mas elu sente 𝗮𝘁𝗿𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 romântica e fisica por indivíduos do gênero 𝗺𝗮𝘀𝗰𝘂𝗹𝗶𝗻𝗼, e pertencendo as regiões 𝗺𝗼𝗻𝘁𝗮𝗻𝗵𝗼𝘀𝗮𝘀 𝗱𝗲 𝘁𝘆𝗿𝗿𝗲𝗻𝗱𝗼𝗿.
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⠀⠀⠀𖤓⠀⠀⠀꠩ :secret: !ջ፟ ⠀Kaelys é um 𝗖𝗮𝘃𝗮𝗹𝗲𝗶𝗿𝗲 do segundo ano, que foi criado por um antigo e talentoso 𝗘𝘀𝗰𝗿𝗶𝗯𝗮 e uma hábil 𝗖𝘂𝗿𝗮𝗻𝗱𝗲𝗶𝗿𝗮 nas montanhas de tyrrendor. Em sua aparência, revela-se uma perfeita harmonia entre a etérea delicadeza e a força. Possuindo corpo esguio, com 𝗖𝘂𝗿𝘃𝗮𝘀 salientes e refinadas, que se movem com uma graça quase sobrenatural. Sua pele, de um 𝗯𝗿𝗮𝗻𝗰𝗼 saudável e radiante, assemelha-se à 𝗽𝗼𝗿𝗰𝗲𝗹𝗮𝗻𝗮 delicada, pontilhada por sutis nuances 𝗿𝗼𝘀𝗮𝗱𝗮𝘀 que se destacam especialmente nos 𝗹𝗮𝗯𝗶𝗼𝘀, tão 𝗺𝗮𝗰𝗶𝗼𝘀, tão 𝗱𝗲𝗹𝗶𝗰𝗮𝗱𝗼𝘀 quanto as pétalas de uma flor. Olhos peculiares mas únicos, sendo 𝗿𝗼𝘀𝗮𝗱𝗼𝘀, e além do seu corpo também exalar uma 𝗳𝗿𝗮𝗴𝗿𝗮̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗻𝗮𝘁𝘂𝗿𝗮𝗹, que sai de sua pele possuindo um cheiro 𝗮𝗱𝗼𝗰𝗶𝗰𝗮𝗱𝗼 𝗳𝗹𝗼𝗿𝗮𝗱𝗼 mas ao mesmo tempo 𝘀𝘂𝗮𝘃𝗲, lembrando as flores da primavera. Além de delicadeza física, kaelys exibe uma presença que mescla vigor e leveza: sua constituição reflete uma força sutil, capaz de manifestar movimentos fluidos e precisos, como se o próprio corpo dançasse entre o mundo terreno e o divino. Na sua essência, emerge uma personalidade de 𝗿𝗮𝗿𝗮 𝘀𝗲𝗻𝘀𝗶𝗯𝗶𝗹𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗮𝗴𝘂𝗰̧𝗮𝗱𝗮. Humildade, altruísmo e uma gentileza comovente definem o ser, que se mostra sempre disposto a acolher e proteger com um 𝗰𝗮𝗿𝗶𝗻𝗵𝗼 𝗾𝘂𝗮𝘀𝗲 𝗺𝗮𝘁𝗲𝗿𝗻𝗼. Delicadeza e empatia convergem em cada gesto, revelando uma alma que inspira confiança e serenidade, capaz de transformar o ambiente com a luz que emana de sua própria existência, digna de um ofertade a 𝗟𝗼𝗶𝗮𝗹, 𝗮 𝗗𝗲𝘂𝘀𝗮 𝗱𝗼 𝗔𝗺𝗼𝗿.
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⠀ ❆⠀⠀⠀ 𝗡𝗮𝘀𝗰𝗶𝗱𝗼 𝘀𝗼𝗯 𝗼 𝘃𝗲́𝘂 𝗴𝗲́𝗹𝗶𝗱𝗼 𝗱𝗲 𝘂𝗺𝗮 𝗻𝗼𝗶𝘁𝗲 𝗱𝗲 𝗶𝗻𝘃𝗲𝗿𝗻𝗼, quando o frio transformava cada respiração em fumaça e a lua cheia, prateada e majestosa, derramava seu brilho etéreo sobre montanhas encobertas de neve, uma criança veio ao mundo. Sua chegada foi tão discreta quanto sublime: sua pele, pálida e translúcida como os delicados flocos que repousavam sobre o solo, exalava uma maciez incomparável, lembrando a seda mais refinada. Frágil e vulnerável, 𝗼 𝗯𝗲𝗯𝗲̂ 𝗳𝗼𝗶 𝗱𝗲𝗶𝘅𝗮𝗱𝗼 𝗮̀ 𝗽𝗼𝗿𝘁𝗮 𝗱𝗲 𝘂𝗺 𝗰𝗵𝗮𝗹𝗲́ 𝘀𝗼𝗹𝗶𝘁𝗮́𝗿𝗶𝗼, perdido entre as vastas montanhas, que pertencia a um 𝗰𝗮𝘀𝗮𝗹 𝗱𝗲 𝗶𝗱𝗼𝘀𝗼𝘀 em busca de paz para os últimos anos de suas vidas. A dona daquele recanto, outrora uma 𝗰𝘂𝗿𝗮𝗻𝗱𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗱𝗲 𝗿𝗲𝗻𝗼𝗺𝗲, havia abandonado os vilarejos tumultuados e suas multidões para encontrar refúgio na serenidade das matas e no isolamento das montanhas. Ao seu lado, seu marido, um 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗶𝗯𝗮 𝘁𝗮𝗹𝗲𝗻𝘁𝗼𝘀𝗼 e de alma introspectiva, dedicava os dias a mergulhar em livros e pergaminhos, tecendo histórias que poucos teriam o privilégio de conhecer. Juntos, viviam em harmonia com a quietude do inverno e o sussurro silencioso das árvores ao redor, como se o próprio tempo se compadecesse de sua escolha por um viver mais recôndito. Naquela noite, o frio era implacável, capaz de fazer os ventos uivarem como lamentos de almas esquecidas. O silêncio da cabana foi interrompido pelo som surdo e inesperado de batidas à porta, um toque que parecia carregar consigo um presságio quase sobrenatural, visto que era incomum alguém ousar aventurar-se sob tais condições. Envolta num xale de lã, a idosa aproximou-se com os hesitantes, mas determinados, e abriu a porta com cuidado, como se temesse romper o delicado equilíbrio entre o aconchego interno e o rigor do exterior. O ar cortante invadiu a modesta habitação como um visitante indesejado, carregado do gelo e da solidão da noite. Diante dela, repousava um pequeno embrulho, robusto e pesado, envolto em mantos de pelagem densa, escolhidos para enfrentar o rigor daquele inverno cruel. Ao inclinar-se para desvendar o conteúdo, a mulher descobriu que, dentro daquele invólucro cuidadosamente embalado, 𝗷𝗮𝘇𝗶𝗮 𝘂𝗺𝗮 𝗰𝗿𝗶𝗮𝗻𝗰̧𝗮 𝗿𝗲𝗰𝗲́𝗺-𝗻𝗮𝘀𝗰𝗶𝗱𝗮. Seus olhos permaneciam serenamente fechados e sua expressão, tranquila e imperturbável, transmitia a estranha impressão de que o abandono à porta de estranhos, em meio a uma noite tão gelada, não lhe causava o menor desconforto. Havia nela uma calma quase mística, como se uma força protetora invisível a envolvesse, resguardando-a de sua vulnerabilidade. Sem que uma única dúvida invadisse sua mente, a mulher agachou-se e 𝗮𝗰𝗼𝗹𝗵𝗲𝘂 𝗼 𝗯𝗲𝗯𝗲̂ 𝗲𝗺 𝘀𝗲𝘂𝘀 𝗯𝗿𝗮𝗰̧𝗼𝘀. Sentiu o calor frágil que ainda emanava do corpo da criança, um contraste delicado com o frio cortante que insistia em marcar a noite. Ao olhar em volta em busca de pistas sobre a identidade de quem o havia deixado ali, encontrou apenas o vazio silencioso das montanhas e um murmúrio de segredos que o vento carregava, impossíveis de serem decifrados, no entanto ao olhar para baixo para ver o que tinha na sexta aonde a criança havia sido entregue, estava 𝗮𝗻𝗲𝗹 𝗽𝗿𝗮𝘁𝗲𝗮𝗱𝗼 𝗲 𝘂𝗺𝗮 𝗮𝗱𝗮𝗴𝗮 𝗰𝗼𝗺 𝗿𝘂𝗻𝗮𝘀 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗶𝘁𝗮𝘀 𝗲𝗺 𝘀𝘂𝗮 𝗹𝗮̂𝗺𝗶𝗻𝗮. Retornando à segurança do chalé, ela fechou a porta com firmeza, selando o refúgio contra o implacável vento lá fora. Com o bebê aconchegado em seus braços, dirigiu-se ao interior aquecido da modesta morada. Ao cruzar a soleira, a presença daquela pequena alma parecia iluminar cada recanto, anunciando o início de algo extraordinário. Naquele instante, o ambiente, antes dominado pelo silêncio invernal, foi tomado por uma sensação de renovação, como se a chegada daquela criança prenhe de mistério e poder tivesse acendido uma centelha de destino. Pois nem a própria criança sabia que fora escolhida para carregar um fado grandioso — 𝗽𝗿𝗼𝗹𝗲 𝗱𝗲 𝘂𝗺𝗮 𝗰𝗮𝘃𝗮𝗹𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗰𝗼𝗺 𝘂𝗺 𝗽𝗮𝗹𝗮𝗱𝗶𝗻𝗼 𝗲 𝗮𝗹𝗲́𝗺 𝗱𝗲 𝘀𝗲𝗿 𝗼𝗳𝗲𝗿𝘁𝗮𝗱𝗲, 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗟𝗼𝗶𝗮𝗹, 𝗮 𝗗𝗲𝘂𝘀𝗮 𝗱𝗼 𝗔𝗺𝗼𝗿.
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⠀ ❆⠀⠀⠀ Conforme os anos se desenrolavam como finos fios de seda no tear do tempo, a criança florescia, 𝗱𝗲𝘀𝗮𝗯𝗿𝗼𝗰𝗵𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝘂𝗺𝗮 𝗵𝗲𝗹𝗲́𝗯𝗼𝗿𝗼 — 𝘂𝗺𝗮 𝗳𝗹𝗼𝗿 𝗾𝘂𝗲 𝗼𝘂𝘀𝗮 𝗱𝗲𝘀𝗮𝗳𝗶𝗮𝗿 𝗼𝘀 𝗿𝗶𝗴𝗼𝗿𝗲𝘀 𝗱𝗼 𝗶𝗻𝘃𝗲𝗿𝗻𝗼 𝗰𝗼𝗺 𝘀𝘂𝗮 𝗯𝗲𝗹𝗲𝘇𝗮 𝗱𝗲𝗹𝗶𝗰𝗮𝗱𝗮 𝗲 𝗿𝗲𝘀𝗶𝘀𝘁𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗶𝗻𝗮𝗯𝗮𝗹𝗮́𝘃𝗲𝗹. Aquele pequeno ser, que um dia fora deixado à soleira de uma porta gélida, transformara-se no centro da existência daquele casal de idosos, iluminando suas vidas já marcadas pelo ar inexorável dos anos com um brilho inesperado e revigorante. Decididos a homenagear o mistério e a singularidade de seu surgimento, os avós escolheram conceder-lhe um nome carregado de simbolismo e grandiosidade. Assim, ela ou a se chamar 𝗞𝗮𝗲𝗹𝘆𝘀 𝗔𝘀𝗵𝗿𝘆𝘃𝗲𝗿 𝗕𝗼𝗿𝗲𝗮𝗹𝘆𝘀, unindo os sobrenomes de suas famílias em um gesto que celebrava o vínculo forjado pela escolha — um laço tão precioso quanto o destino que a trouxe a eles. O nome, tão imponente quanto a própria beleza que emanava, transcorria os limites do comum e evocava a essência de algo quase divino. Seus traços, uma perfeita mescla das qualidades tradicionalmente atribuídas ao masculino e ao feminino, revelavam uma harmonia singular. Contudo, havia uma delicadeza intrínseca e quase etérea em seu semblante, o que levava os avós, de forma natural e constante, a referirem-se a elu no feminino, como se o próprio universo tivesse sutilmente esculpido sua identidade em nuances indefinidas. Desde tenra idade, Kaelys demonstrava um 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗹𝗲𝗰𝘁𝗼 𝗱𝗲𝘀𝗹𝘂𝗺𝗯𝗿𝗮𝗻𝘁𝗲, como se cada descoberta fosse a rememoração de um segredo ancestral que residia em seu âmago. Sob a tutela atenta de seu avô, um escriba meticuloso e recluso, 𝗲𝗹𝘂 𝗮𝗽𝗿𝗲𝗻𝗱𝗲𝘂 𝗮 𝗹𝗲𝗿 𝗲 𝗮 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗲𝘃𝗲𝗿 𝗰𝗼𝗺 𝘂𝗺𝗮 𝘃𝗲𝗹𝗼𝗰𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗾𝘂𝗲 𝗳𝗿𝗲𝗾𝘂𝗲𝗻𝘁𝗲𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗼 𝗱𝗲𝗶𝘅𝗮𝘃𝗮 𝗮𝘁𝗼̂𝗻𝗶𝘁𝗼. A forma como dominava os textos e os memorizava beirava o sobrenatural, como se uma chama inata de conhecimento ardesse intensamente em seu espírito. Suas mãos, ao deslizar pelo papel, desenhavam uma caligrafia tão refinada e sublime que lembrava a obra de um artista divino; cada letra emergia com precisão e uma beleza hipnótica. O tempo que Kaelys dedicava aos livros não se limitava a um mero estudo; era, antes, um mergulho profundo num universo vasto e encantador. Por meio de suas leituras, desenvolveu uma oratória impecável, com entonações claras e precisas. Sem esforço aparente, elu exalava uma sofisticação que desmentia a simplicidade de sua origem, revelando um potencial que parecia transcender o ordinário. Ao lado de sua avó, Kaelys aprendia lições de uma natureza distinta, mas igualmente essenciais. A idosa, que outrora fora uma curandeira renomada, 𝘁𝗿𝗮𝗻𝘀𝗺𝗶𝘁𝗶𝗮 𝘀𝗲𝘂𝘀 𝗰𝗼𝗻𝗵𝗲𝗰𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼𝘀 𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗲𝗿𝘃𝗮𝘀 𝗺𝗲𝗱𝗶𝗰𝗶𝗻𝗮𝗶𝘀, 𝘂𝗻𝗴𝘂𝗲𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗲 𝗼 𝗱𝗲𝗹𝗶𝗰𝗮𝗱𝗼 𝗲𝗾𝘂𝗶𝗹𝗶́𝗯𝗿𝗶𝗼 𝗲𝗻𝘁𝗿𝗲 𝗰𝘂𝗿𝗮 𝗲 𝗰𝘂𝗶𝗱𝗮𝗱𝗼. 𝗦𝗼𝗯 𝘀𝘂𝗮 𝗼𝗿𝗶𝗲𝗻𝘁𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼, 𝗲𝗹𝘂 𝗮𝗽𝗿𝗲𝗻𝗱𝗲𝘂 𝗮 𝗽𝗿𝗲𝗽𝗮𝗿𝗮𝗿 𝗽𝗼𝗰̧𝗼̃𝗲𝘀 𝗰𝗼𝗺 𝗲𝘅𝗮𝘁𝗶𝗱𝗮̃𝗼, 𝗮 𝗿𝗲𝗰𝗼𝗻𝗵𝗲𝗰𝗲𝗿 𝗽𝗹𝗮𝗻𝘁𝗮𝘀 𝗻𝗮̃𝗼 𝗮𝗽𝗲𝗻𝗮𝘀 𝗽𝗲𝗹𝗮 𝗮𝗽𝗮𝗿𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮, 𝗺𝗮𝘀 𝗽𝗲𝗹𝗼𝘀 𝗮𝗿𝗼𝗺𝗮𝘀 𝗲 𝘁𝗲𝘅𝘁𝘂𝗿𝗮𝘀 𝗾𝘂𝗲 𝗱𝗲𝘀𝘃𝗲𝗹𝗮𝘃𝗮𝗺 𝘀𝗲𝘂𝘀 𝘀𝗲𝗴𝗿𝗲𝗱𝗼𝘀, 𝗲 𝗮 𝗺𝗮𝗻𝘂𝘀𝗲𝗮𝗿 𝗰𝗮𝗱𝗮 𝗶𝗻𝗴𝗿𝗲𝗱𝗶𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗰𝗼𝗺 𝗮 𝗱𝗲𝗹𝗶𝗰𝗮𝗱𝗲𝘇𝗮 𝗱𝗲 𝗾𝘂𝗲𝗺 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗿𝗲𝗲𝗻𝗱𝗲 𝗼 𝗽𝗼𝗱𝗲𝗿 𝗶𝗻𝘁𝗿𝗶́𝗻𝘀𝗲𝗰𝗼 𝗱𝗲 𝗰𝗮𝗱𝗮 𝗲𝗹𝗲𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 Paralelamente, descobria a importância de zelar pelo lar e a arte de encontrar alegria na simplicidade dos afazeres cotidianos, transformando cada tarefa em um ritual de devoção e amor que consolidava seus laços afetivos e a conexão com o mundo ao seu redor.
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⠀ ❆⠀⠀⠀ Após anos de convivência harmoniosa com seus avós, Kaelys encontrou nos antigos diários e pergaminhos de seu avô uma informação que mudaria sua vida para sempre. Em meio a relatos de aventuras e observações meticulosas, as páginas revelavam menções a uma lendária academia, um lugar onde jovens eram treinados para se tornarem cavaleiros de dragões, e até manipular manifestações mágicas. As palavras ali impressas pintavam um cenário grandioso, mas também permeado de perigo, onde honra e glória caminhavam lado a lado com o risco constante de morte. Para Ashryver, aquilo não era apenas uma oportunidade; era a promessa de um futuro melhor, tanto para elu quanto para seus avós, que elu desejava tirar da vida humilde vivida nas montanhas. Decididu a se preparar, Ashryver adotou uma rotina rigorosa, desafiando as duras paisagens das montanhas. Toda manhã, antes mesmo que o sol despontasse no horizonte, elu partia para treinar. Durante os invernos rigorosos, quando o gelo cobria as florestas e os ventos cortantes transformavam o simples ato de respirar em um desafio, elu dedicava-se a aprimorar suas habilidades de caça e sobrevivência. Cada o era calculado com precisão, cada movimento aperfeiçoado com a disciplina de quem busca transcender seus próprios limites. Kaelys aprendeu a se mover silenciosamente, a identificar rastros quase invisíveis e a prever os movimentos de suas presas com uma sensibilidade aguçada. O treinamento, porém, não se restringia à caça. Inspiradu pelos relatos do avô sobre a brutalidade que imperava dentro da academia — onde os próprios estudantes podiam se transformar em inimigos letais —, Ashryver concentrou seus esforços em desenvolver agilidade e destreza. O manuseio de facas logo se tornou uma de suas especialidades; em pouco tempo, elu era capaz de manejá-las com uma precisão assustadora, transformando-as em extensões naturais de suas mãos. A cada estação, elu se tornava mais rápido, mais forte e mais preparado para os desafios vindouros. Quando finalmente chegou a idade limite para ingressar na academia, Ashryver sabia que estava prontu. Apesar de toda a preparação e do esforço investido, a despedida foi dolorosa. Deixou seus avós com um pesar profundo, mas também carregava a esperança de que sua decisão proporcionaria um futuro mais digno para aqueles que lhe haviam dado tudo. Com uma mochila simples nas costas e o coração dividido entre a saudade e a ambição, Borealis partiu em direção à academia de cavaleiros de dragões, deixando para trás as montanhas que o haviam moldado, mas levando consigo as lições, o amor e o sacrifício daqueles que elu chamava de família.
Comments (1)
𝔉𝐼𝐶𝐻𝐴 𝐀𝐏𝐑𝐎𝐕𝐀𝐃𝐀
Parabéns, sua ficha foi aprovada. Por favor envie-a para a wiki contendo o quadrante a qual pertence. Divirta-se!