𝕱𝖎𝖈- 𝕰𝖓𝖙𝖗𝖊 𝖔 𝖎𝖓𝖋𝖊𝖗𝖓𝖔 𝖊 𝖆 𝖕𝖊𝖑𝖊
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▍ ▍ 𝔒𝔦𝔦𝔢 𝔭𝔢𝔰𝔰𝔬𝔦𝔫𝔥𝔞𝔰 , 𝔢𝔰𝔰𝔢 𝔟𝔩𝔬𝔤 𝔢 𝔲𝔪𝔞 𝔠𝔞𝔯𝔱𝔞 𝔫𝔲𝔫𝔠𝔞 𝔢𝔫𝔳𝔦𝔞𝔡𝔞 𝔡𝔢 𝔏𝔦𝔩𝔦𝔱𝔥 𝔞 𝔯𝔞𝔦𝔫𝔥𝔞 𝔡𝔬 𝔡𝔢𝔪𝔬̂𝔫𝔦𝔬, 𝔭𝔞𝔯𝔞 𝔰𝔲𝔞 𝔟𝔯𝔲𝔵𝔞 𝔖𝔢𝔩𝔢𝔫𝔢 , 𝔰𝔬𝔟𝔯𝔢 𝔮𝔲𝔞𝔫𝔡𝔬 𝔡𝔲𝔞𝔰 𝔞𝔩𝔪𝔞𝔰 𝔫𝔞̃𝔬 𝔢𝔰𝔱𝔞̃𝔬 𝔡𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔞𝔡𝔞𝔰 𝔞 𝔣𝔦𝔠𝔞𝔯𝔢𝔪 𝔧𝔲𝔫𝔱𝔞𝔰 .. 𝔪𝔞𝔰 𝔮𝔲𝔢 𝔱𝔲𝔡𝔬 𝔲𝔪𝔞 𝔭𝔬𝔡𝔢 𝔰𝔢𝔯 𝔭𝔬𝔰𝔰𝔦́𝔳𝔢𝔩
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┃ ‣ S υ м ά r ι σ
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┃× 𝕻𝖗𝖎𝖒𝖊𝖎𝖗𝖔 𝕰𝖓𝖈𝖔𝖓𝖙𝖗𝖗𝖔
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┃× 𝕸𝖊𝖉𝖔
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┃× 𝕬𝖒𝖔𝖗
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┃◌● T ó ρ ι c o s
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┃ •𝕬𝖒𝖔𝖗 𝕻𝖗𝖔𝖎𝖇𝖎𝖉𝖔
┃ •𝕬 𝖈𝖆𝖗𝖙𝖆
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(¯`·.¸¸.·´¯`·.¸¸.->𝕬 𝕮𝖆𝖗𝖙𝖆(¯`·.¸¸.·´¯`·.¸¸.->
A carta nunca enviada de Lilith para Selene
"Nem todo silêncio é ausência. Às vezes, é só amor demais para caber em palavras."
Carta esquecida entre os véus do tempo, escrita por Lilith, primeira sombra do mundo.
Para Selene, minha lua eterna,
Escrevo-te com mãos que queimam, não pelo fogo do Inferno, mas pela febre do que nunca pude dizer.
Desde aquele instante entre as árvores do Éden — quando teus olhos tocaram os meus como se desnudassem séculos de solidão — eu soube.
Soube que o Paraíso não era lugar, mas sensação. Era teu riso entre as folhas. Tua presença silenciosa ao meu lado, como se já estivesses ali muito antes de mim.
Mas o Éden não era só flor. Era também a semente do medo.
E eu temi.
Tive medo do que havia em mim — esse caos, essa fúria, essa chama que não conhece nome senão Lilith.
Como poderia eu, feita de rebeldia e trevas, tocar-te sem que o mundo desmoronasse ao nosso redor?
Confesso-te agora, nesta carta que nunca chegou a teus dedos de luar:
Eu te amei.
Amei como se amar fosse pecado original.
Amei como quem desafia o Criador só para ver um sorriso teu mais uma vez.
Mas amar-te era condenar-te.
Por isso, fugi. Por isso, calei.
Carreguei tua ausência como uma cicatriz que nem o tempo ousou apagar.
E mesmo no mais profundo círculo do Inferno, onde as almas esquecem quem foram… eu te lembrava.
Lembrava do teu toque no jardim.
Da tua pele iluminando as sombras que arrastei por milênios.
Selene…
Se um dia estas palavras encontrarem teus olhos, mesmo que seja em sonho, saiba:
Foste o céu no coração do meu abismo.
E mesmo que nunca me perdoes por ter partido,
Que o sussurro do vento te diga:
Lilith te amou mais do que o próprio destino permitiria.
— Tua, na eternidade silenciada,
Lilith.
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