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O6. Nunca Nos Conhecemos – The Moonlight Channel

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Ao cair da noite, Luna decidiu sair um pouco da mansão de A.D.M., ainda pensando na história que ele contou na manhã do mesmo dia. Para ela, era estranho o fato de estar apaixonada por alguém que mal conheceu e teve pouco contato. Ela se sentou na varanda, antes de ser surpreendida por Jean, que iria sair da casa também.

— Luna??? Algum problema? — Jean a encarou, surprese. — Por que tão sozinha aqui fora?

— Ah, oi… Jean. — Luna percebeu que ê amigue estava com um figurino diferente, como se fosse para algum lugar. — Só sentei pra pensar… E você, onde vai com essa roupa toda?

— Ah, isso? — Elu ria baixinho. — Marquei um encontro com os Fogos. Já avisei ao A.D.M., então… não precisam me esperar pra jantar.

— Fogos? — Luna se levantou. — O que são os “Fogos”?

— Nada de interessante…! — Jean dava de costas. Sua expressão era nervosa e elu suava frio. — Só um grupo de amigos meus.

— Você nunca me contou que tinha amigos além do A.D.M. — Ela cruzou os braços. — O que você faz com esses “amigos”, Jean?

— A gente conversa sobre música e… Joga junto… — Jean gaguejava em sua fala. — E, e… Fala sobre crushes… Sobre a cidade…

— Então não se incomoda de eu ir junto, não é? — Luna pousava a cabeça no ombro de Jean.

— C-claro que não! Quer dizer… — Elu sorria de vergonha. — Talvez, seja melhor você ficar pra… Ajudar o A.D.M.! Ele vai ter uma longa noite cuidando da rádio, precisa de alguém pra operar as máquinas!

— Mas eu não sei operar as máquinas, Jean.

— EU SEI OPERAR AS MÁQUINAS, JEAN! — A.D.M. gritou da distância.

— A.D.M.!!! — Jean suspirou derrotade. — Ugh… Ok. Mas você tem que se arrumar primeiro. Não quer ir com essa roupa uó para o encontro dos Fogos, né, Luna?

— Ok. Eu vou pensar em algo mais bonitinho. — Luna segurava o pulso dê amigue e entrava de novo na casa. — E você vai me esperar bem aqui! Nada de fugir e me deixar pra trás, hein, senhore Jean?

— Vou me atrasar pro encontro… — Elu puxava seu celular. — Alô, Tessa? Eu vou demorar um pouco…. Decidi levar uma amiga.

— Tudo bem, Jean! — Uma voz feminina atendia o telefone. — Estávamos mesmo precisando que você trouxesse ela. Só não sabíamos como pedir… Ainda bem que ela se interessou pelos Fogos! — Antes de desligar, a voz ria.

— Meu Divino… A Tessa não cansa de me apavorar. — Jean se sentou no sofá, enquanto esperava por Luna. Não demorou muito até que ela aparecesse com uma roupa nova, maquiagem feita e cabelo bem escovado.

— E então? O que achou? — Luna ajeitava seu casaco grosso enquanto encarava ê amigue. — Nada muito extravagante, mas fiz o possível pra combinar com você. Top verde neon, saia verde neon, meia-calça verde neon… só o tênis que eu tive que ir com o preto que o A.D.M. me deu.

— Você tá linda, Luna… Quem diria que uma semana no Mundo dos Sonhos te tornaria uma especialista em moda?

— Aw, não é pra tanto… — Ela corou. — Agora vamos ver os Fogos, capitãe!

— Sim, senhora! — Eles saíam da casa, indo rumo ao ponto de encontro dos Fogos: a pista de skate da praça principal da Cidade da Luz Lunar. Ao chegarem, Luna e Jean se deparavam com outras três pessoas, de aparências bem distintas. Enquanto as outras duas eram estranhas para Luna, uma logo chamava sua atenção.

— VOCÊ…! — Luna percebeu a presença de Asphyxia, a encarando profundamente com uma mistura de ódio e alegria.

— LUNA! — Asphyxia sorria, mostrando uma coleção de dentes afiados, antes de correr para abraçar Luna. — Que surpresa te ver aqui! O que te traz ao hábitat natural dos Fogos?

— Oi, Asphyxia… — Ela apontava o dedo pra Jean. — Eu vim com ê Jean… hehe…

— JEAN?! — Asphyxia percebia a presença de Jean, correndo para abraçar elu. — JEAN!!!

— O-oi, Phyxi. — Elu sorria ao ser abraçade por ela. — Quanto tempo, não é?

— Nem brinca! — Ela soltava do abraço. — A última vez foi… ano ado. Não acredito que estamos a um ano sem se ver.

— Pois é… — Jean se aproximava das outras duas presentes. — Oi, Tessa. Oi, Draco.

— Olá, Jean. — Um rapaz verde, usando um casaco grosso fechado, um capuz vermelho e uma calça jeans com tênis plataforma, de pele verde e cabelo verde escuro que cobria seus olhos, acenava para ele com um sorriso pontudo. — Tessa, Jean chegou com a amiga dele.

— Olá, Jean!! — Uma mulher de pele roxa clara, com um cabelo roxo escuro cheio de brilhinhos, usando uma roupa parecida com a de Luna, porém em tons de rosa e roxo, se virava com um olhar feliz. — E você deve ser a Luna. É um prazer conhecê-la!!

— Sim, sou. — Ela encarava o trio. — E vocês devem ser os Fogos!

— Na verdade, somos apenas quatro dos Fogos. — A expressão de Tessa mudava para uma raivosa. — Ainda faltam dois… Os mesmos dois de sempre!!

— Não acredito que eles vão fazer a gente esperar de novo! — Asphyxia se sentava num dos degraus da escada onde estavam na pista.

— Quem vai fazer vocês esperarem? — Uma voz, seguida do ronco de uma moto, se aproximava do grupo. — Porque eu… acabei de chegar!!! — Cindy saía da motocicleta removendo seu capacete e sacudindo seu cabelo ao vento.

— C-Cindy…? — Luna corava ao ver sua paixão na frente dela.

— Oi, pessoal! — Ela percebe Luna, sorrindo pra ela no mesmo instante. — O… Oi, Luna. Não sabia que era uma dos Fogos.

— Ah, não, eu só vim a convite de Jean… — Ela ri de nervoso. — E você? É uma dos Fogos desde quando?

— Já que estamos todos aqui, acho que podemos começ- — Draco era interrompido por Tessa.

— Não podemos começar sem o Eli. — Ela olhava furiosa pra Draco. — Não é assim que funciona.

— Como funciona o que? Quem é Eli? — Luna puxava Jean pra perguntar, mas ambos eram interrompidos por uma voz.

— FOGOS!! PRONTOS PRA EXPLODIR?? — A voz parecia não vir de canto nenhum.

— PELA LIBERDADE DO MUNDO DOS SONHOS!!! — Tessa, Draco, Asphyxia, Jean e Cindy gritavam em coro, antes de uma silhueta em um hoverboard descer do céu noturno perante eles.

— ENTÃO OUÇAM BEM… — Diz a silhueta no ar, sendo lentamente revelada pelo brilho das luzes do parque. — POIS HOJE TEMOS UMA CONVIDADA ESPECIAL!! — Um homem de casaco grosso preto, com uma calça jogger também preta e um tênis plataforma vermelho, pousava no chão com seu hoverboard, encarando Luna com um sorriso.

— ELIJAH?! — Luna ficava estupefata ao reencontrar o amigo depois de tanto tempo.

— LUNA! — Ele descia do hoverboard, correndo para abraçá-la. — Você não imagina a saudade que eu tava de você!!

— Eu também tava com saudade, mas… — Luna desprendeu do abraço depois de um tempo, ainda confusa. — Como você sabia que eu estava aqui?

— Jean me contou sobre sua vinda ao Mundo dos Sonhos. — Elijah mantinha sua expressão alegre. — Claro, eu demorei pra perceber que elu estava falando de você, mas foi só juntar lé com cré que a ficha caiu: a “Luna” que elu mencionou era A Luna Armstrong, minha vizinha e melhor amiga!

— Claro, claro… Mas enfim…! — Luna sorria levemente nervosa. — O que os “Fogos” fazem? Qual é a da “liberdade” do Mundo dos Sonhos?

— Somos o que um visitante chamaria de rebeldes. — Tessa interrompia. — Mas, na verdade, apenas lutamos contra o crime! Do nosso jeito, claro.

— Tipo… vigilantes? — Luna encarou Tessa curiosa, recebendo de volta uma risada sonora de Elijah.

— Pode-se dizer que sim. — Ele continuou com a expressão sorridente, enquanto se jogava no ombro da amiga. — A verdade é que o jeito como o Mundo dos Sonhos funciona é cheio de “erros”... e precisamos juntar forças pra consertá-los.

— Sozinhos, somos fracos… — Draco se metia na conversa. — Mas juntos? Ah, juntos… Somos fortes, Lunita!

— Lunita? Essa é nova. — Cindy encarou ele surpreso. — Não se incomoda de ser chamada assim, não é… Lunita? — Ela dizia em um tom açucarado, fazendo o coração de Luna disparar.

— É, eu não… Q-quer dizer, clar- é, quer dizer, pode sim, mas… — Luna ficava vermelha, abaixando a cabeça envergonhada.

— Lunita será então. — Cindy sorria. — Combina com os apelidos do resto do time.

— Você vai mesmo falar? — Jean intervinha. — Ela precisa mesmo saber que-?

— Silêncio, Jota! — A motoqueira cortava elu. — Nossos apelidos são Eli, Tess, Drac, Cindy, Jota e Phyxi.

— Eu ainda sou contra o fato dos apelidos da Tess e do Drac serem apenas os nomes dele sem a última letra! — Asphyxia também intervinha na discussão. — Não é como Phyxi ou Cindy, que são versões realmente encurtadas dos nossos nomes! Não tem a mesma AURA!!

— Silêncio, raposa de Schrodinger! — Tessa fechou a expressão. — Pelo menos o MEU nome não é o mesmo de uma doença respiratória!

— É pra representar o quão ameaçadora eu posso ser, tal qual uma asfixia mesmo. — Ela pulou em cima da amiga, tentando sufocá-la. — Além do mais, esse nome tem uma aura imbatível! Bem melhor do que “Tessa”. — A kitsune começava a rir.

— Ignora elas, Luna. — Jean se aproximava da amiga, para ter certeza que ela estava bem. — Mas Eli, porque marcar uma reunião logo HOJE?!

— Ê mane Jota fazendo as perguntas certas! — Draco se apoiava no ombro delu. — Tipo, Eli, o que nos traz aqui hoje?

— Ah! Excelente pergunta, Jean e Draco. — Elijah subia de novo no seu hoverboard, voando levemente no ar para estar superior ao resto. — Um grupo de ladrões planeja assaltar os moradores do Complexo da Ala Leste.

— E então, qual é o plano? — Cindy encarava Elijah.

Depois de Elijah explicar o plano, todos acenaram com a cabeça e partiram em direções diferentes. Cindy subiu em sua moto, com Asphyxia na carona. Jean decidiu ir flutuando no ar, com Luna em suas costas. Draco e Tessa foram juntos, com ele em seu skate e ela usando seus patins. Elijah foi sozinho, voando em seu hoverboard. Conforme iam se aproximando dos locais marcados no mapa, os amigos conversavam sobre coisas aleatórias em seus celulares, como crushes e músicas favoritas.

Eventualmente, eles chegavam nas posições marcadas no mapa da cidade por Elijah. A noite caía cada vez mais, deixando a madrugada entrar, e as duplas começavam a perceber uma movimentação suspeita se aproximando das saídas do complexo. Eram os criminosos, saindo com montes de mercadorias e itens de luxo roubados.

— Phyxi. — Cindy percebia um grupo de bandidos se aproximando. — Você sabe o que fazer.

— Não sem a distração antes. — Ela sorria, invocando seus clones para atacar a horda se aproximando enquanto Cindy criava uma névoa de fumaça com o escapamento de sua motocicleta. — Vamos dançar, gatinhos?

— Phyxi!!! Sem frases de efeito!!!

— Ai, chata!! — Asphyxia e os clones avançam pra cima de metade do grupo. — Me ajuda aqui!!

— Ugh… Ok. — Cindy começava a correr e atacar a outra metade com sua moto, enquanto mais fumaça saía para dificultar a visão deles.

— Muito bem, Cindy e Asphyxia. — Elijah sussurrava no celular. — Tess e Drac, como estão aí?

— Muito bem, Eli. — Tessa percebia um outro grupo de bandidos chegando. — Draco, eu peguei sua ex.

— Você O QUÊ???? — Uma fúria subia pela espinha de Draco, fazendo com que seu rosto ficasse vermelho e suas bochechas inflassem.

— Isso… Agora mira neles! — Ela apontava para os criminosos. — UM DELES TE CHAMOU DE DRAGÃOZINHO MEIA-BOCA!

— DESGRAÇAAAAAAAAA!! — Draco cuspiu uma chama intensa de fogo vermelho em cima de metade do grupo de marginais. Tessa, vendo que outra metade conseguiu desviar, decidiu criar ilusões para chamar a atenção dos restantes.

— Olhem… 100 mil irreais… mulheres… automóvel… mulheres… — Conforme Tessa falava, várias ilusões surgiam próximas ao fogaréu que saía da boca de Draco. — Iate… mulheres… mansões… mulheres…!!! — Os bandidos largavam os itens que haviam pego e partiram em direção às ilusões, não percebendo a chama próxima daquelas relíquias todas.

— DRAGÃOZINHO MEIA-BOCA É A SUA AVÓ!!! — Draco queimava o que restou dos bandidos, que estavam hipnotizados pelas ilusões de Tessa.

— Tudo limpo. — A ilusionista falava com Elijah ao celular.

— Certo. Luna e Jean?

— Tem uma leva de bandidos se aproximando, mas… — Jean encarava Luna com uma certa tristeza, sussurrando ao telefone. — Como que a Luna vai lutar com eles?

— Ela é uma excelente lutadora!! — Asphyxia dizia em tom de raiva. — Você deveria parar de subestimar a sua própria amiga.

— Eu confio nela. — Cindy assentia. — Ela tem o espírito de um dos Fogos.

— Ugh… Tá. — Jean guardou seu telefone, vendo alguns dos criminosos se aproximando. — Luna, tá pronta?

— Mais do que nunca. — Luna tirou seu casaco, sentindo o leve frio da noite profunda. — Podem vir!!

Jean se energizava, começando a controlar metade do seu grupo de bandidos. Nesse meio tempo, Luna correu e chutou o rosto de um, seguindo em uma sequência de golpes contra os que vinham se aproximando, o que deixava ê amigue dela mesmerizade.

— Eu realmente te subestimei, Luna. — Jean sussurrou pra si mesme.

— O que foi? — Luna dizia enquanto derrubava mais alguns dos caras com seus golpes furiosos. — Disse alguma coisa, Jean?

— Nada não!! — Elu continuava explodindo a cabeça dos criminosos que apareciam e de alguns que Luna já havia derrotado, sem perceber que um estava com uma arma laser apontada pra ela.

Quando o homem disparou, Luna tentou desviar do projétil, mas ele ainda acertou de raspão em seu pescoço, deixando uma ferida branca e luminosa no local. Jean parou tudo que estava fazendo para acudir a amiga machucada, pegando seu celular em desespero para pedir ajuda.

— ATINGIRAM A LUNA!

— O QUÊ?! — Elijah se desesperou, gritando em uníssono com Tessa, Draco e Asphyxia.

— Eu tô indo pra aí! — Cindy desligava seu telefone, correndo furiosa com a moto para a localização de Jean e Luna. Asphyxia ficava pra trás, terminando de derrotar os bandidos restantes. Ao chegar, ela descia do veículo para socorrer a menina ferida.

— C-Cindy… — Luna suspirava, tentando não desmaiar.

— Calma, Lunita, você tá segura agora. Jean, termina de ass esses malditos! — Cindy encarava elu com um olhar furioso, mas confiante.

— Agora! — Jean se energizava novamente, dessa vez pra finalizar os que sobraram do grupo.

— Ugh… Peguem o máximo que conseguirem. Nos reuniremos no esconderijo. — Elijah suspirou, derrotado. — Cindy, leva a Luna na moto.

— Você conseguiu derrotar os que saíram pela frente? — Tessa indagou, nervosa pelo estado de Luna.

— … — Ele suspirou novamente. — O importante é que vocês tenham conseguido.

Luna acabou desmaiando com o fuzuê provocado pelo combate, mas Cindy conseguiu fazer com que ela subisse em sua moto e subiu em seguida para levá-la de volta. Jean a seguiu flutuando, como fez na ida, carregando uma bolsa pesada de regalias. Tessa vestiu seus patins e Draco subiu em seu skate, fazendo o trajeto enquanto carregavam bolsas também pesadas de itens de luxo. Asphyxia fez o mesmo, guardando as mercadorias em bolsas que ela e seus clones carregaram.

As sombras da noite os ajudavam a arem despercebidos, facilitando a chegada dos membros do grupo até o ponto de encontro. Ao se reunirem, eles juntavam as bolsas de itens em um canto e se sentavam em uma mesa redonda, enquanto Luna era posta deitada em um sofá por Cindy para descansar da confusão. Elijah, que tinha chegado ao ponto de encontro de mãos vazias, comemorou a conquista dos colegas.

— Excelente trabalho, Fogos. — Ele se apoiou na mesa, exibindo um sorriso largo. — Nossa colheita hoje foi bastante proveitosa.

— Tinha que ver como aqueles caras foram chamuscados pelo bafo do Drac. — Tessa começou a rir. — Pareciam frangos de padaria!!

— E a Phyxi foi totalmente brutal contra a nossa leva de bandidos. — Cindy sorria de canto. — Mas eu também ito que peguei pesado com a Furiosa 2.0. Comprei ela semana ada, não devia ter usado ela no combate!

— E você, Jean? — Draco encarou elu. — Como foi lá?

— Você pode imaginar pelo estado da Luna… Mas ela lutou até que muito bem contra aqueles caras! — Elu sorriu, nervose.

— É… eu falei que ela era boa de briga! — Asphyxia tentava confortar ê amigue. — Isso foi apenas um acidente. A Lunita vai ficar bem…

— Ahn? — Luna começou a acordar. — O que que tem eu?

— LUNA!! — Jean saltou para o sofá onde ela estava deitada, a abraçando. — Meu Divino, achei que tinha te perdido…

— Ah… Oi, Jean! Oi, pessoal! — Ela dizia, ainda com a voz meio embargada. — O que houve? O que são todas essas bolsas?

— Tranqueiras que vamos doar para a caridade. — Tessa suspirou. — Não precisa se preocupar com elas.

— Uau… Vocês são caras tão legais… Lutam contra o crime, doam pra caridade… — Ela se sentava no sofá, ainda abraçada em Jean. — O que mais? Fazem eventos beneficentes?

— Você tá bem, Lunita? — Cindy se aproximou. — Sente muita dor?

— Não dói tanto não… — Luna arregalava os olhos ao ouvir a voz de Cindy. — Se… se quer saber, eu acho que já me sinto bem melhor! Acho que podemos ir, não é, Jean?

— C-claro! Vá na frente, eu já apareço pra te levar em casa! — A voz delu tremia ao dizer, o que deixou Luna levemente desconfiada.

— Ah, mas porque a pressa? Foi tão legal a nossa aventura de hoje! — Tessa se esparramava pela mesa, cansada. — Você é tão maneira, Lunita~

— V-valeu mesmo, pessoal, mas eu tenho que… — Luna esbarrou em uma das bolsas, ouvindo o barulho de metais se batendo. Sua curiosidade apitou e, antes que alguém pudesse reagir, ela abriu a bolsa, percebendo que haviam muitos itens valiosos de ouro e prata ali. — O quê?

— Luna, não é o que você tá pensando. — Elijah se aproximou, percebendo que a expressão da amiga começou a fechar.

— Eram essas as “tranqueiras” com que eu não deveria me preocupar? — Luna disse em um tom ivo-agressivo. — Taças de ouro, jóias, eletrônicos… roupas de luxo…

— Nós ainda pretendíamos doar tudo isso para as comunidades carentes, Luna. — Ele continuou, tentando encostar no ombro dela. Na mesma hora, Luna o empurrou pra longe, com seu olhar ficando cada vez mais furioso.

— Doar coisas roubadas? — Sua voz ecoava pelo esconderijo dos Fogos, deixando Elijah em choque. — Você ENLOUQUECEU?!

— Calma, calma… — Asphyxia se intrometia na discussão. — Não vamos nos estressar…

— Foi por isso que você tentou me roubar. — Ela desviou seu olhar para Asphyxia. — Esse é o modus operandi de vocês.

— Eu sei que você tá brava, mas, Luna… — Elijah se reaproximou, tentando uma abordagem tranquila. — Nós somos os heróis aqui. Você mesma disse, somos caras legais com intenções boas!

— Porque eu não sabia que vocês eram uma gangue de LADRÕES! — Ela gritou novamente, encarando ele profundamente. — Isso se forem apenas ladrões mesmo, porque nem eu sei mais.

— Calma lá! — O rapaz fechou a expressão, ofendido pela forma como Luna falou. — Ladrões já é um termo um pouco pesado demais, Luna. Somos benfeitores, só temos… métodos diferentes de fazer o bem.

— O que foi que vocês fizeram então? Pegaram coisas que pertenciam a vocês de volta? — Ela riu em tom de deboche. — …Eu não sei quem é você, mas o Elijah que eu conheci jamais defenderia uma coisa dessa. Ele seria totalmente contra essa PALHAÇADA!

— O Elijah que você conhece MORREU! — Ele berrou em fúria, fazendo todos ali ficarem em choque. — E o que está diante de você quer fazer justiça por aqueles que estavam na mesma situação que ELE estava, que VOCÊ estava ANOS ATRÁS! Luna, nós viemos de baixo!! Escalamos nosso caminho até o topo, mesmo com todas as dificuldades, e agora temos a chance de facilitar a vida desses que estão na mesma situação que a gente tava. — Sua voz acalmou. — Você não quer ajudar essa gente? Não é o que a Luna do ado iria querer?

— A Luna do ado preferiria ajudar essas pessoas de forma honesta, sem roubar dos outros. — Ela caminhava até a porta, saindo com lágrimas de raiva em seu rosto. — E se o meu Elijah morreu… então eu não sei com quem eu estava falando.

— Luna, espera! — Jean seguiu a amiga, com Cindy atrás delu. — LUNAAAA!!

— LUNA!! — Ela gritou, tentando chamar a atenção da garota. — Lunita, calma aí!!

— LUNA! — Elu gritou, fazendo a garota parar de fugir deles.

— Você sabia, Jean? — Ela disse, quase que sussurrando, mas ainda fazendo com que elu ouvisse. — Você sabia que seus amigos eram criminosos?

— Sabia, Luna. — Elu suspirou. — Foi por isso que eu me juntei. Os Fogos não são as melhores pessoas do mundo, nem as mais honestas, mas são as com quem eu me identifico.

— Você se identifica com bandidos? — Luna virou, levemente enojada. — Com pessoas que tentam dar uma de “Robin Hood” por motivo nenhum, além de satisfazer o próprio ego?

— Eu acho que você tá pegando pesado demais com ê Jota, Lunita. — Cindy se aproximava de Luna. — Nós não fazemos isso pra satisfazer nosso ego. Fazemos pela justiça. Sim, nossos meios de fazer justiça podem ser duvidosos, mas ainda estamos tirando de quem tem demais pra dar pra quem tem de menos.

— O que vocês estão fazendo não é justiça. — A expressão de Luna ficava neutra. — Eu sou uma advogada, eu entendo as leis e eu sei que…

— Shh… Esse é o motivo pelo qual você não entende o que estamos fazendo. — Ela colocava o dedo na boca de Luna, a silenciando temporariamente. — Você tá muito presa à ideia de “leis” e “ordem”, mas deixa eu te contar um segredo: às vezes, as leis são criadas pra favorecer uma minoria específica em prol do sofrimento da maioria.

— Eu sei disso. Eu trabalho com um código de regras. — Ela empurrava o dedo de Cindy pra longe da boca dela. — Enquanto, sim, eu discordo de algumas, é o código estabelecido pelas autoridades. Eu não posso ir contra as regras.

— Eu também achei que não podia. — Ela sorria de leve. — Ao contrário de você, do Eli… eu tinha uma vida de princesa. Sempre tive tudo do bom e do melhor. Mas, quando eu percebi que haviam pessoas que não tinham a mesma sorte, eu decidi lutar a favor delas. E você pode fazer o mesmo! — Ela segurava as mãos de Luna, com um olhar sorridente.

— Eu… eu… — Luna se soltou e virou de costas para Cindy. — …preciso de um tempo pra digerir tudo isso. Jean, vamos voltar pra casa.

— Vamos. — Elu se juntava a ela, caminhando de volta para a mansão de A.D.M. — Tchau, Cindy.

— Adeus, Jota. — Cindy corava. — E adeus, Lunita…

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Tive que correr com o episódio pra conseguir postar ele na data do meu aniversário, mas no fim tudo deu certo!! Espero que tenham gostado e até a próxima!!

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