Uh? Como assim não é mais Junho? #Orgulhese

Atrasada como sempre? Talvez, mas não pude deixar de fazer uma arte para este mês.

A uns tempos atrás, quando eu ainda conseguia fazer mais de uma arte completa por mês, eu gostava de dedicar esse mês a personages e relacionamentos que foram de apoio na minha jornada de constante descoberta, e é muito bom ver de lá para agora como esse número aumentou e se tornou mais explícito.

Ver o Nico di Angelo saindo do armário, ou a Garnet derrotando a Jasper com o poder de seu amor, ou a reaproximação da Marcelina e a Jujuba, ou o Barney encontrando um local seguro em um local inusitado e assombrado…estes e muitos outros personagens não me trouxeram só conforto em momentos extremamente difíceis, mas também me ajudaram a entender partes de mim de forma mais fácil.

Quando escrevo e crio, mesmo que seja apenas para mim (no momento), eu gosto de pensar em que tipo de estória me ajudaria e poderia ajudar outras pessoas. Escrever narrativas tem muito haver com empatia, afinal, e se eu posso criar um mundo com magia e dragões, eu também posso criar personagens que são diferentes de mim em múltiplos aspectos.

Em outras palavras, não se sinta impedido de criar personagens que fazem parte de grupos que você não pertence. Sim, algumas histórias, como sobre marginalização, são melhores contadas por quem faz parte destes grupos marginalizados, mas isso não te impede de incluir personagens destes grupos em outras histórias.

Anyways, dito tudo isso, aqui estão alguns dos meus Ocs desenhados.

Estes são os três personagens principais de um de meus universos.

Este é o Dante, e apesar da pilha de situações traumáticas que eu o faço ar, ele costuma se manter de cabeça erguida, e sendo o bailarino que é, sabe dançar conforme a música. Ele é trans e pan, e estava/está afim do Samuel.

Este é o Samuel, e eu também jogo uma pilha de situações traumáticas nele, só que ele responde de forma bem menos confiante, e ele tem a tendência de ser manipulável e frouxo. Ele é assexual e homo-romântico, e suas memórias embaralhadas tornam seus sentimentos tumultuosos, românticos e não.

Esta é a Sarah, e como você deve imaginar, também tem uma pilha de situações traumáticas em seus ombros, e ela é bem menos amigável por conta disso. Ela possui Síndrome da Fatiga Crônica, o que também é uma das causas de seu humor azedo e hostil, até mesmo com aqueles é próxima. Ela é bissexual, e talvez tenha tido uma paixãozinha rápida em Samuel em certo ponto.

Bom, é isso. O post feito pelo Mika me fez voltar bastante nestes sentimentos de solidão e medo que a gente sente bastante. Não disse em seu post, mas digo agora

Eu entendo o que você sente. Não da mesma forma que você sente, claro. Mas eu entendo que quando a gente se entende como parte da comunidade, o preconceito que existe ao nosso redor começa a ficar muito mais perceptível e pessoal. Dói muito ouvir essas coisas terríveis de gente que nos ama, ou deveria nos amar.

E é por isso que devemos nos manter fortes e de cabeça em pé. Para que no futuro possamos viver em paz e com a felicidade que merecemos. Para mantermos vivo o esforço de todos que partiram e nos ajudaram a chegar onde chegamos. E para que possamos garantir que aqueles que vierem terão um mundo mais seguro para serem quem são.

Orgulhe-se hoje, orgulhe-se amanhã e orgulhe-se sempre.