Traços de um filho pródigo|- 1/4

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Creio que todos conhecem, ou já ouviram falar sobre a parábola do filho pródigo, descrita em Lucas 15. Hoje gostaria de expô-la, para a nossa edificação.

Jesus, através de várias parábolas, nos mostra o imenso amor de Deus, que está sempre de braços abertos para aceitar novamente o filho querido, que se afastou do pai. Quando começamos a analisar melhor, Jesus, tanto através de ações, como também, através de Suas parábolas, nos mostra a verdadeira natureza de Deus, que em contraste dos fariseus, mostra que o Pai não busca os justos, Ele procura os pecadores (Mc 2:17).

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Percebe-se que, existem os para que um pecador se afaste de Deus. Quando vemos a parábola do filho pródigo, as atitudes dele quando resolve se afastar do pai, reflete muito nós mesmos, quando decidimos, devido ao pecado, nos afastarmos de Deus.

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E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.

E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.

E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades.

E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos.

E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada.

                                                    Lucas 15:12-16

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Este foi o primeiro posicionamento tomado pelo filho mais jovem. O filho mais novo tinha direito a 1/3 da herança de seu pai, e simplesmente pediu sua parte. Naquela época era raro um pai repartir os bens antes de morrer, mas o filho simplesmente o fez dar sua parte. Muita das vezes agimos, de tal forma que pedimos nossa dependência, “dá-me o que me foi prometido, o que é meu por direito, e deixe-me afastar de Ti, pois vejo maior prazer no carnal”, decidimos por nós mesmos, procurar os prazeres de uma “vida desordeira”, perdendo tudo o que Deus nos concedeu, tudo o que Ele juntou para nós. Perdendo o bem mais precioso que nos foi dado: A vida eterna.

O simples prazer terreno, no mundo e seus caminhos, muita das vezes mentirosos, que nos dão a falsa sensação de liberdade e até mesmo verdade (Pv 14:12), nos leva à segunda atitude: A partida.

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Quantas vezes, o pecado nos faz ir para terras longínquas. De alguma forma assumimos nossa dependência, e acreditamos que por nós mesmos, estaremos seguros. O filho pródigo se afasta, com o intuito de não voltar, e isso fez com que seus bens fossem se dissipando.

A vida chamativa que se encontrava nestas terras, em seu início pareciam chamativas, mas toda vez que usufruía dela, precisava deixar uma parte de sua herança.

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Enquanto usufruía de uma vida pecaminosa, o filho pródigo não percebia que seus bens estavam se esvaindo. A humanidade em sua história, sempre se inclinou para o pecado, chegando ao ponto em que os sacrifícios para expiação não eram mais aceitos (Hb 10:8), a humanidade gastava tudo o que o Pai havia lhes dado, seus corações, onde Deus gravou Sua Lei (Rm 2:15), havia se endurecido ao ponto de a consciência não ser mais capaz de julgar, jogando fora os aspectos deixados por Deus, para se encherem de paixões mundanas.

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Quando nada mais havia, quando os bens se acabaram, e quando só restara o prazer, que não mais podia ser suprido, o filho pródigo despertou para a situação, percebendo o caminho que havia tomado. A resposta do mesmo poderia ser a volta para seu pai, que o esperava, mas o mesmo, por estar com o coração totalmente endurecido, continuou a persistir, jogando suas confianças à homens.

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A sua última tentativa foi se tornar servo de um homem. Quando analisamos pela Bíblia, percebemos que a confiança no homem, sempre foi motivo de queda. Asa, cujo reinado agradou a Deus, começou a confiar nos homens. Inicialmente confiou no rei da Síria, e foi repreendido, não sendo bem aceita a repreensão, visto que seu coração começava a se endurecer.

A ignorância nos faz, mesmo diante aos mais diversos momentos, confiar em humanos, cuja natureza corrompida os condena à morte. Confiamos no terreno, naquilo que, nos traz uma simples possibilidade, confiando nossas vidas à simples sorte. Percebemos que Asa, após ter ficado enfermo, não buscou a Deus, mas sim aos médicos, e por isso, sua enfermidade o levou à morte.

A confiança em Deus, deve ser a base para uma vida de arrependimento. Devemos buscar direcionamento de Deus, que com efetividade e certeza, irá nos livrar da situação. O contrário, só nos levará à abismos mais profundos.

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Por último, quando chegou à total humilhação, tanto cultural e religiosa como econômica, o mesmo se viu sem saída. A humanidade, aos poucos foi se afundando, sem se preocupar. A falta de ajuda, “ninguém lhe dava nada”, nos mostra a necessidade de um Salvador, de alguém que o tirasse da miséria.

O único que poderia naquele exato momento, dar-lhe algo era seu pai, e os outros, que cruzaram seu caminho, agora não se importavam mais.

Jesus descreve os pecadores como esse filho, que após cair, se viu necessitado na esperança de ajuda, que lhe era negada por fariseus, que mesmo afiando a lei, acabavam cegando a prática do amor.

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Após o reconhecimento, Jesus se torna nosso caminho para a redenção, e agora, começamos a nos preparar para novamente ter um encontro com o Pai. Porém, a continuação dessa exposição ficará para as próximas partes.

Muito obrigado por ler até aqui!

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