Traços de um filho pródigo|- 3/4

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No blog de hoje, iremos continuar nossa exposição da parábola do filho pródigo.

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Percebemos anteriormente que o filho pródigo foi tentado pelos prazeres de uma vida desordeira e, quando caiu em si, viu que o caminho havia tirado tudo dele. Arrependido, o mesmo decide voltar para seu pai, na esperança de ser aceito como servo de seu pai. Em contraste, analisaremos nesta exposição o pai, e o que ele pode nos ensinar quanto à visão de Deus sobre o pecador.

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E ele, levantando-se, foi para seu

pai. Mas, ele estando ainda longe

do caminho, seu pai o viu, e teve

compaixão, e, correndo, laçou-se-lhe

ao pescoço, e o beijou.

E o filho lhe disse: Pai, eu pequei

contra o céu e à tua vista, e não

sou mais digno de ser chamado

teu filho.

Mas o pai disse aos seus servos:

Trazei a melhor veste, e vesti-o, e

ponde-lhe um anel em sua mão,

e calçados em seus pés;

e trazei aqui um novilho cevado,

e matai-o; e comamos e alegremo-nos;

porque este meu filho estava morto,

e vive novamente; tinha-se perdido,

e foi achado. E eles começaram

a alegrar-se.

                                                        Lucas 15:20-24

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Expondo os versículos, onde claramente podemos ver o grande retorno, percebemos que o pai, representando Deus, tem compaixão de seu filho e o aceita novamente, mas o pai demonstra algumas características, tais quais iremos analisar hoje.

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Percebemos que o pai percebeu ao longe o filho. O fato de o pai tê-lo visto estando ele ainda longe, indica que o mesmo costumava esperar a volta do filho. A reação normal de qualquer pai, ao ver um filho que, após o abandonar e gastar todos os bens que lhe foram dados, é o desapontamento. Muitos pais, se humanos, ficariam furiosos ou decepcionados, ao ver o filho voltar depois de tais atos, mas, percebemos que Deus age de maneira totalmente diferente.

Desde a queda do homem, Deus continuou a se mostrar para a humanidade, levando-a para o grande dia onde por intermédio de Jesus, o grande retorno ao Pai seria possível. A compaixão do pai, ao ver o filho voltando, demonstra muito bem a natureza de Deus sobre o pecador, sempre o esperando de braços abertos (Isaias 65:2).

Percebemos que, independente de nossos erros, Deus sempre se mostrou para nós, que O ignoramos, virando as costas para Sua revelação, e endurecendo nossos corações (Rm 1:20-21). Isto fez com que mediante a toda a vida, apenas quando caímos no abismo da morte, e temos nossos corações iluminados pelo Espírito, "caindo em si", voltamos para Deus, que diferente de qualquer outro continuou a nos esperar, mostrando compaixão por nós e indo ao nosso encontro.

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O grande amor de Deus é demonstrado neste ato de reencontro. O filho, que esperava uma repreensão, é recebido com amor. A Bíblia nos mostra em várias agens a natureza amorosa de Deus, que demonstrou por nós Seu amor eterno (Jr 31:3), entregando por nós o Seu Filho, para que tivéssemos a vida eterna (Jo 3:16). Deus, por ser o Próprio Amor (1Jo 4:8), mostra-se sempre amoroso para com seus filhos, trazendo-lhes a Graça, e tirando-os do pecado.

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Além de tirá-lo da sujeira, dando ao filho uma moradia, o pai ainda lhe devolveu o direito de filho. Deus, além de nos tirar do pecado nos deu a vida eterna, e isso é a Graça. Fomos todos salvos, todos recebemos a misericórdia sendo tirados do pecado que nos levava a morte, mas Deus também nos deu a vida eterna, através da justificação de nossos pecados.

Essa Graça é demonstrada claramente aqui. Vemos que a filiação é restaurada pelas roupas especiais, demonstrando o cuidado para com o filho, o anel, que naquela época era um selo indicando a autoridade da família, o colocando como um integrante da família e os calçados, que eram usados por filhos, em contraste dos escravos, que andavam descalços.

O filho que já havia pegado tudo o que lhe pertencia, abandonando o cargo de filho, teve sua posição na família restituída, um grande sinal da Graça Divina, que nos coloca agora como filhos de Deus (1 Jo 3:1).

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Percebemos agora a grande ceia, festejando o filho, que agora havia retornado à casa do pai. A alegria de Deus, ao receber um pecador de volta, ao reafirmar a aliança, colocando-o como filho é enorme. Vemos alguns versículos antes que Deus se alegra de maneira grandiosa quando um pecador se arrepende. (Lc 15:6-7), pois o Pai veio para os perdidos (Lc 19:10).

Esta parábola agora é ligada com as duas parábolas anteriores, que demonstram a alegria de Deus em salvar o perdido. A atitude de comemoração do pai mostra como Deus recebe os pecadores que se arrependem. Nós enxergamos aqui, o grande contraste com o desprezo dos fariseus ao verem pecadores vindo até Jesus (Lc 15:2), e através do versículo 24, Jesus deixa novamente bem claro que veio para que os pecadores fossem salvos.

Percebemos também certa ignorância quanto aos fariseus, visto que não conseguiam ver dentro de si, que também eram pecadores, pois antes do sacrifício de Jesus, todos estavam destituídos da Glória de Deus (Rm 3:23).

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Percebemos agora a tamanha alegria do pai ao ver o filho. Deus, independente de nossos erros ou de nossas falhas, sempre estará de braços abertos para nos receber novamente, pois Seu amor se mostra tão grande, fazendo-se necessário festejar nossa volta (Lc 15:32).

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É isto pessoal!

Entendemos agora o agir de Deus com o pecador. Trazendo para a nossa realidade, como funciona o processo de redenção?

É o que veremos no nosso próximo blog.

Muito obrigado por lerem até aqui!

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