𓇼̸ᩙ || M A R

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ᴜᴍᴀ ʙᴏᴀ ʟᴇɪᴛᴜʀᴀ!

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ᅟ ٬    𝐖ᥱᥣᥴomᥱ   ٫     ‧

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#TeamColumnist

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愛     ּ     𝗣refácio    !

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Vivemos flutuando, navegando no mar da superficialidade...

Eu gostaria que o mundo fosse diferente e que a vida tivesse mais profundidade...

Esta sensação de não mergulhar verdadeiramente em nada...

Na era atual, a pressa se tornou a regra, impedindo-nos de absorver, refletir e, por fim, realmente viver a jornada...

Tudo é efêmero, tudo é descartável. Somos encorajados a permanecer na superfície — seja em relacionamentos, experiências ou até mesmo nos próprios sentimentos.

E se, por um breve momento, em vez de apenas deslizar pela superfície, escolhêssemos mergulhar profundamente? Deixo a resposta para vocês refletirem, enquanto exploro este tema, utilizando os pensamentos de Bauman — um conceito que ele formulou para nos lembrar, "gentilmente", que estamos todos à deriva.

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:warning: Aviso: Tema sensível.

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愛     ּ     𝗜ntrodução    !

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Modernidade Líquida - por Zygmunt Bauman.

A água está morna, o sol está brilhando e tudo parece sob controle, mas, de repente, o chão desaparece, assim como a terra firme, e agora você está à deriva, no meio de um oceano imprevisível, tentando não se afogar. Conseguiu imaginar? Pois bem, é assim que Bauman retrata o nosso mundo hoje. Antigamente, a vida era mais segura. Empregos duravam até a aposentadoria, casamentos, "Até que a morte nos separe" (ou até a primeira briga sobre quem iria lavar a louça). As carreiras eram degraus sólidos que levavam ao topo, o por o. Mas hoje... Ah, hoje estamos tentando navegar por essas águas turbulentas, tentando não nos afogar.

Os empregos são temporários, os relacionamentos amorosos são efêmeros e vêm com uma opção extra: o botão de "Unmatch". E se você busca estabilidade... bem, talvez só seu cachorro ainda tenha uma rotina estável, no mesmo canto de sempre (ou será que ele já tem um plano B?). Essa é a tal sociedade líquida: onde tudo escorre pelos dedos, e, se você não aprender a surfar, acaba se afogando.

Pensando bem, minha vida às vezes parece mais um tsunami do que um oceano. Trabalho, faculdade, casa, relacionamentos, inteligência emocional... Tudo acontece ao mesmo tempo, sem pausa para respirar. Neste momento, queria ser o Medina para surfar tranquilamente. A grande questão é: como manter o equilíbrio?

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愛     ּ     𝗔mor   !

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"Pessoas confusas perdem pessoas incríveis!"

Com essa reflexão, continuo minha linha de raciocínio. Ah, o amor... Nesta sociedade, ele se tornou algo tão distorcido, na minha opinião. Um sentimento que deveria ser puro se transformou em uma simples fonte de desejo e satisfação pessoal. Relacionamentos sérios? Que coisa ultraada. Hoje, amar é sinônimo de "tesão", um "lance’", uma "ficada". No dia seguinte, nem trocam uma mensagem, sem compromisso. O amor virou um sentimento banal. Para muitos, é melhor não se envolver... "Muita dor de cabeça", como dizem por aí.

"Nossa, tu ficou com ela?", "Que garota rodada, a mais conhecida da cidade! Ingênua, mas gostosa...", "Que menino idiota, ele acha que eu gosto dele, kkk", "Só vou usá-lo e depois conversar com alguém mais interessante".

Essas frases são pesadas? Concordo. Mas refletem o que acontece na sociedade com frequência.

Agora chegamos ao ápice da modernidade: aplicativos de namoro. O amor virou um fast-food, onde você escolhe o "combo" do dia, mas sempre com menos tempero do que esperava. "Hoje, quero uma loira que faça yoga", ou "Talvez um nerd que adore culinária asiática seja o meu tipo". É o amor sob demanda: rápido e sem compromisso. Você desliza, escolhe, mas... spoiler: nunca sacia a fome.

No fast-food, pelo menos, você pode pedir o combo completo com batata grande e sobremesa. Mas e no amor? Talvez a verdadeira saciedade emocional exija algo além de um clique ou deslize. Algo que simplesmente deixamos de procurar.

Às vezes, pergunto-me: quando foi que o amor se tornou apenas um meio para satisfazer um desejo ageiro? Vou explorar essa reflexão em outro blog, mas uma coisa é certa: eu tenho fugido do amor. Sempre que ele aparece, lá estou eu, correndo na direção oposta. Talvez, um dia, eu espere por alguém. Talvez essa pessoa me alcance. Mas, até lá, até que esse dia utópico chegue, continuarei fugindo.

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愛     ּ     𝗧rabalho   !

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Trabalho, uma palavra refinada para não dizer: "faça isso para não morrer de fome". Hoje, os homens se assemelham a ratos em um labirinto, correndo de um lado para o outro, ocupados com mil tarefas. Temos várias opções: CLT, entregador do iFood, freelancer, motoristas de Uber e, nas horas vagas, pessoas tentando vender algum curso milagroso que promete transformar vidas — até cursos que ensinam como vender o próprio curso. Estamos mergulhados, quase nos afogando, e a única certeza? Amanhã estaremos fazendo algo completamente diferente, apenas para garantir que as contas sejam pagas.

Agora, abordarei um tema complexo e, desde já, quero deixar claro que não estou criticando nem menosprezando.

Em um mundo onde tudo tem preço, até a intimidade se tornou mercadoria. Algumas mulheres, seja por necessidade financeira ou por desejo de status e riqueza, escolhem vender fotos e vídeos sensuais, expondo o que, na minha visão, torna-as especiais. A sociedade aplaude essas escolhas e afirma que elas são "empoderadas". Mas e as consequências dessas atitudes? Ninguém pensa nisso...

Algumas escolhem ser blogueiras, outras seguem o caminho tradicional do CLT, mas, independentemente de gênero, a pergunta que fica é: estamos realmente vivendo ou apenas trabalhando para sobreviver?

Bauman estava certo ao afirmar que a ideia de uma carreira sólida já foi por água abaixo. Hoje, somos todos peças descartáveis, trocando de emprego com a mesma facilidade com que trocamos de série na TV. Se você conseguiu manter um trabalho por dois anos sem cogitar largar tudo, parabéns. Mas, para a maioria, a realidade é uma corrida interminável, improvisando a cada curva, sem saber exatamente para onde estamos indo. E, no meio desse caos, a sociedade líquida nos empurra para frente, sem dar tempo para parar, respirar e refletir.

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愛     ּ     𝗜dentidade   !

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Antigamente, as pessoas conheciam seus "papéis" na sociedade desde cedo, e essa certeza as acompanhava por toda a vida. E hoje? Nossa identidade muda tão frequentemente quanto a última trend do TikTok. Cada dia é uma nova oportunidade de "reinventar-se", o que, na verdade, é apenas uma forma elegante de dizer que estamos todos desesperados para descobrir nosso propósito de vida. As clássicas perguntas surgem em nossos pensamentos: "Por que eu nasci? Qual é o meu propósito? O que preciso fazer para ser feliz? O que preciso melhorar como pessoa?". Muitas perguntas. Algumas têm respostas; outras permanecem sem solução, e continuamos buscando incessantemente, dia após dia.

Bauman observou que, na era líquida, somos pressionados a nos adaptar constantemente ao ambiente. A cada selfie, um novo "eu" surge.

Vocês podem me perguntar: "Vamp, quem sou eu de verdade?"

__ Depende, pergunte ao algoritmo.

A ideia de uma identidade estável foi destruída junto com a sociedade atual. Hoje, estamos em uma corrida na qual quase sempre buscamos ser o que os outros esperam que sejamos. Se vocês observarem as redes sociais, verão que estão em constante atualização, sempre trazendo algo novo, e lá estamos nós, adaptando-nos. No entanto, ao olhar fotos e lembranças de anos atrás, sentimos aquele desconforto: "Quem é essa pessoa?". Bauman diria que isso é apenas mais um reflexo da sociedade líquida, onde nossa própria imagem é destruída e automaticamente reconstruída dia após dia.

O mais trágico é que estamos nos tornando seres "digitais" em vez de viver a vida no mundo físico. O celular se tornou uma extensão de nossos corpos. Antes de comer em um restaurante? Foto. Em uma viagem? Foto. Começou a namorar? Foto. Na academia? Foto. Até mesmo em um acidente, nossa primeira reação já não é mais ajudar, mas, sim, tirar uma foto. Estamos nos transformando em uma sociedade de espectadores de nossa própria vida, onde tudo é compartilhado, e a métrica da nossa felicidade se resume a likes e compartilhamentos.

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愛     ּ     𝗣osfácio   !

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Que grande pensador este filósofo polonês! Com sua visão aguçada e suas reflexões, ele nos mostrou que estamos todos à deriva em um mar de incertezas, tentando desesperadamente encontrar algo sólido para nos apoiar. Estamos tentando, de alguma forma, ainda que na menor possibilidade, respirar — nem que seja por um segundo. A sociedade nos empurra de um lado para o outro desde o nascimento, e nós nos adaptamos. Temos outra escolha?

Continuamos dia após dia, sorrindo nas redes sociais e compartilhando a "felicidade", mesmo enquanto afundamos lentamente por dentro. Nossas almas estão destruídas, no abismo, na escuridão, infelizes... E, ainda assim, compartilhamos apenas a "falsa felicidade", pois é isso que as pessoas gostam de ver e comentar: "comprei um celular novo", "comprei uma roupa", "comprei um carro", "comprei uma casa", "estou mais magra", "estou mais bonita", "estou viajando", "que loucura foi aquela festa!", "amiga, que gatinho você está namorando!".

Afinal, a razão é mais óbvia do que parece.

___ Quem quer ser o primeiro a itir que está se afogando?

Olhe ao seu redor... As pessoas estão todas ocupadas, buscando ser "bem-sucedidas", mas, por trás dos posts de gratidão e amor, existe uma verdade silenciosa e oculta que ninguém tem coragem de expor: estamos exaustos, cansados de correr atrás de algo que nem sabemos o que é, cansados de tentar segurar o inevitável, aquilo que inevitavelmente se desfaz. Porque, sejamos honestos, atualmente tudo escorre pelas nossas mãos — só não nos avisaram o quão rápido isso acontece.

Fico por aqui, agradeço sinceramente por ler e por dedicar seu tempo a isso. Até a próxima, e espero que possamos nos encontrar novamente em breve.

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⤹ . . 𝐜rᥱd𝐢𝐭᥉ ㅅ

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